c a p í t u l o 27🌻

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Vinícius

Durante a noite, sigo para a varanda depois do jantar, encontrando o pessoal batendo um papo e rindo.

— Pensando na caipira? — Gustavo aparece ao meu lado com um sorriso divertido.

— Claro que não. — minto, passando a mão pelo cabelo. Confesso que a sua forma de se referir a Aninha me incomodou um pouco. E isso é estranho porque não acontecia antes.

— Ela é bonita? — questiona de repente, me deixando tenso.

Ignoro a reação idiota e respondo:

— Com certeza. Não vou sair catando qualquer uma por aí.

— Verdade. Mulher feia ninguém merece. — gargalhamos do comentário. Percebo que Eduardo se aproxima com as mãos no bolso da calça.

— Do que as menininhas estão rindo? — brinca e dou um murro de brincadeira no seu ombro.

— Nada demais. Estávamos falando sobre mulher feia.

— Cruzes! — ele se benze e sorrimos do drama. — Por que não mudamos de assunto e falamos de mulheres bonitas e gostosas? Não existe assunto melhor do que esse. — Edu puxa uma cadeira e se senta.

— A Sol é gata pra porra, mas já tem namorado. Então sem chance. — Gustavo aponta a garota em questão abraçada ao Luan ali perto.

— Pois eu conheci uma princesa na festa que o Luan organizou aqui. — diz Edu, chamando nossa atenção.

— Conheço? — pergunto.

— Acho que não, mas o Gustavo conhece. Ele até falou com ela.

— Não lembro — murmura Gustavo, confuso.

— Não acredito! Lembra-se da garota baixinha e bonita de vestido que estava comigo um pouco depois do início da festa? Você até se aproximou e eu apresentei vocês.

— Ah... lembro. — Gustavo sorri, pensativo. — Gostosinha ela, né?

— Muito. — Edu assovia como se estivesse lembrando e dou risada da sua cara de idiota.

— Por que não me apresentaram a ela? — brinco.

— Você sumiu nessa hora, e outra: fui ao banheiro e pedi pra ela me esperar um instante, mas a garota simplesmente desapareceu.

— Estranho. — Gustavo coça o queixo.

— Foi exatamente isso que pensei. Mas ainda vou encontrar essa princesa de novo. Parece que foi coisa do destino ela aparecer para mim.

— Ih... tá apaixonado. — zombo e o Gustavo dá risada quando o Edu fica sem jeito.

— Talvez, mas a garota é um mistério. A única coisa que sei sobre ela é que mora com a avó por essas bandas e se chama Ana Clara.

Congelo e o meu sorriso morre na hora.

Não... não pode ser! Não é quem eu tô pensando. Será?

— Como ela é? — questiono nervoso, e os dois me encaram confusos. Acho que estou parecendo um maluco perguntando isso, mas não me importo.

— Hm?!

— Diz como ela é, porra! — perco a paciência e o Edu arregala os olhos.

— Calma, caralho! — ele se irrita também e o Gustavo abre a boca sem ter o que dizer. — Eu vou contar, tá bom? Ela é baixinha, tem o cabelo castanho e o rosto pequeno e delicado. É novinha também e não dou mais de dezesseis anos pra ela. Tem os lábios carnudos e os olhos são castanhos. Eu a achei muito tímida e humilde.

Cerro os punhos.

— Como era o vestido que ela estava usando?

— Era azul de renda. — diz, deixando-me cego pra tudo.

É ela! O Eduardo ficou gamado pela MINHA menina!

Sinto o ódio me percorrer e não compreendo essa minha reação.

— Você a conhece? — ele me encara com o cenho franzido.

— Conheço e só vou avisar uma coisa: não se aproxima mais dela, ouviu bem? — fico de pé e me aproximo ameaçador, enquanto ele também se levanta irritado.

— Não acredito que é ela! — Gustavo passa a mão pelo cabelo e tenho certeza que percebeu que estamos falando da garota que estou pegando.

— Do que vocês estão falando? — Edu fica sem entender nada. Gustavo decide explicar de forma resumida qual a minha relação com a história.

— Porra! — Edu xinga e me lança um olhar de raiva. — Eu não sabia disso.

— Pois agora sabe! E é melhor se afastar dela. — Eu o fuzilo com o olhar.

— Claro que não! Você não a merece, caralho.

— Vá se foder. — agarro o colarinho da sua camisa, irritado.

O pessoal, que antes estava conversando e rindo na varanda, nos olham chocados. Amanda observa a cena, assustada.

— Me solta. — ele me empurra e aponta o indicador para mim. — Você não é dono dela. Só está usando a menina. Eu, sim, faria a Ana Clara feliz e a trataria como ela merece.

— Se afasta dela para o seu bem! — eu o empurro também e ele dá alguns passos para trás com o impacto. Victória dá um gritinho de susto e Amanda me encara com os olhos arregalados. Ignoro todo mundo e dou uma olhada no merda a minha frente. — Ela é minha, só minha!

— Para com isso, porra! — Gustavo me segura quando parto para cima do Eduardo. — Esfria a cabeça, cara!

— Me solta! — consigo me libertar já que sou mais forte e só então percebo o que fiz.

Todo mundo está assistindo a cena e parecem muito surpresos. Victória me lança um olhar de ódio, mas ignoro.

Balanço a cabeça, passando pelo Eduardo que está me olhando com raiva. Entro no casarão, ignorando a voz de Amanda atrás de mim e sigo direto para o meu quarto. Entro e tranco a porta.

Respiro fundo antes de arremessar a primeira coisa que vejo na parede. O computador em cima da escrivaninha tem o mesmo destino junto com outros objetos. Depois de estar mais aliviado do meu ataque, deito na cama.

Isso que eu senti foram ciúmes?! Não pode ser!


💣💣💣💣💣

Oieee, gente! Como estão? O que acharam do capítulo e da reação do Vinícius? Vocês acham que o nosso bad boy tá com ciúmes? Façam as suas apostas, que em breve tem mais caps.

Beijos, Lucy Saycer😘    

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora