Vinícius
Durante a noite, sigo para a varanda depois do jantar, encontrando o pessoal batendo um papo e rindo.
— Pensando na caipira? — Gustavo aparece ao meu lado com um sorriso divertido.
— Claro que não. — minto, passando a mão pelo cabelo. Confesso que a sua forma de se referir a Aninha me incomodou um pouco. E isso é estranho porque não acontecia antes.
— Ela é bonita? — questiona de repente, me deixando tenso.
Ignoro a reação idiota e respondo:
— Com certeza. Não vou sair catando qualquer uma por aí.
— Verdade. Mulher feia ninguém merece. — gargalhamos do comentário. Percebo que Eduardo se aproxima com as mãos no bolso da calça.
— Do que as menininhas estão rindo? — brinca e dou um murro de brincadeira no seu ombro.
— Nada demais. Estávamos falando sobre mulher feia.
— Cruzes! — ele se benze e sorrimos do drama. — Por que não mudamos de assunto e falamos de mulheres bonitas e gostosas? Não existe assunto melhor do que esse. — Edu puxa uma cadeira e se senta.
— A Sol é gata pra porra, mas já tem namorado. Então sem chance. — Gustavo aponta a garota em questão abraçada ao Luan ali perto.
— Pois eu conheci uma princesa na festa que o Luan organizou aqui. — diz Edu, chamando nossa atenção.
— Conheço? — pergunto.
— Acho que não, mas o Gustavo conhece. Ele até falou com ela.
— Não lembro — murmura Gustavo, confuso.
— Não acredito! Lembra-se da garota baixinha e bonita de vestido que estava comigo um pouco depois do início da festa? Você até se aproximou e eu apresentei vocês.
— Ah... lembro. — Gustavo sorri, pensativo. — Gostosinha ela, né?
— Muito. — Edu assovia como se estivesse lembrando e dou risada da sua cara de idiota.
— Por que não me apresentaram a ela? — brinco.
— Você sumiu nessa hora, e outra: fui ao banheiro e pedi pra ela me esperar um instante, mas a garota simplesmente desapareceu.
— Estranho. — Gustavo coça o queixo.
— Foi exatamente isso que pensei. Mas ainda vou encontrar essa princesa de novo. Parece que foi coisa do destino ela aparecer para mim.
— Ih... tá apaixonado. — zombo e o Gustavo dá risada quando o Edu fica sem jeito.
— Talvez, mas a garota é um mistério. A única coisa que sei sobre ela é que mora com a avó por essas bandas e se chama Ana Clara.
Congelo e o meu sorriso morre na hora.
Não... não pode ser! Não é quem eu tô pensando. Será?
— Como ela é? — questiono nervoso, e os dois me encaram confusos. Acho que estou parecendo um maluco perguntando isso, mas não me importo.
— Hm?!
— Diz como ela é, porra! — perco a paciência e o Edu arregala os olhos.
— Calma, caralho! — ele se irrita também e o Gustavo abre a boca sem ter o que dizer. — Eu vou contar, tá bom? Ela é baixinha, tem o cabelo castanho e o rosto pequeno e delicado. É novinha também e não dou mais de dezesseis anos pra ela. Tem os lábios carnudos e os olhos são castanhos. Eu a achei muito tímida e humilde.
Cerro os punhos.
— Como era o vestido que ela estava usando?
— Era azul de renda. — diz, deixando-me cego pra tudo.
É ela! O Eduardo ficou gamado pela MINHA menina!
Sinto o ódio me percorrer e não compreendo essa minha reação.
— Você a conhece? — ele me encara com o cenho franzido.
— Conheço e só vou avisar uma coisa: não se aproxima mais dela, ouviu bem? — fico de pé e me aproximo ameaçador, enquanto ele também se levanta irritado.
— Não acredito que é ela! — Gustavo passa a mão pelo cabelo e tenho certeza que percebeu que estamos falando da garota que estou pegando.
— Do que vocês estão falando? — Edu fica sem entender nada. Gustavo decide explicar de forma resumida qual a minha relação com a história.
— Porra! — Edu xinga e me lança um olhar de raiva. — Eu não sabia disso.
— Pois agora sabe! E é melhor se afastar dela. — Eu o fuzilo com o olhar.
— Claro que não! Você não a merece, caralho.
— Vá se foder. — agarro o colarinho da sua camisa, irritado.
O pessoal, que antes estava conversando e rindo na varanda, nos olham chocados. Amanda observa a cena, assustada.
— Me solta. — ele me empurra e aponta o indicador para mim. — Você não é dono dela. Só está usando a menina. Eu, sim, faria a Ana Clara feliz e a trataria como ela merece.
— Se afasta dela para o seu bem! — eu o empurro também e ele dá alguns passos para trás com o impacto. Victória dá um gritinho de susto e Amanda me encara com os olhos arregalados. Ignoro todo mundo e dou uma olhada no merda a minha frente. — Ela é minha, só minha!
— Para com isso, porra! — Gustavo me segura quando parto para cima do Eduardo. — Esfria a cabeça, cara!
— Me solta! — consigo me libertar já que sou mais forte e só então percebo o que fiz.
Todo mundo está assistindo a cena e parecem muito surpresos. Victória me lança um olhar de ódio, mas ignoro.
Balanço a cabeça, passando pelo Eduardo que está me olhando com raiva. Entro no casarão, ignorando a voz de Amanda atrás de mim e sigo direto para o meu quarto. Entro e tranco a porta.
Respiro fundo antes de arremessar a primeira coisa que vejo na parede. O computador em cima da escrivaninha tem o mesmo destino junto com outros objetos. Depois de estar mais aliviado do meu ataque, deito na cama.
Isso que eu senti foram ciúmes?! Não pode ser!
💣💣💣💣💣
Oieee, gente! Como estão? O que acharam do capítulo e da reação do Vinícius? Vocês acham que o nosso bad boy tá com ciúmes? Façam as suas apostas, que em breve tem mais caps.
Beijos, Lucy Saycer😘
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A Redenção Do Bad Boy
RomanceAté que ponto o amor pode ser destrutivo? A ingênua Ana Clara de 16 anos não pensou nisso quando se envolveu com Vinícius de Albuquerque Velásquez, um jovem rico da cidade grande. Ela só não esperava que ele se mostrasse tão cruel. Agora grávida, e...