c a p í t u l o 49🌻

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Ana Clara

Quinta-feira

20h05min

Estou usando um vestido branco de alcinhas, que chega até os joelhos. Calço as sapatilhas que Beatriz emprestou e penteio os cabelos, deixando-os soltos. Passo perfume antes de pôr meu simples colar.

Olho-me no espelho de corpo inteiro, sorrindo com o resultado.

Ficou ótimo.

Na sala, encontro minha vó, Maria e Beatriz assistindo TV.

Beatriz assovia assim que volta os olhos na minha direção.

— Acho que esse garoto vai se apaixonar. — murmura, deixando-me sem graça.

— Está muito bonita, minha neta. — vovó sorri admirada. Maria também concorda.

— Obrigada. — mal termino de dizer e ouço o som de uma buzina lá fora. — Preciso ir. Tchau pra vocês. — aceno.

Do lado de fora, encosto a porta, sentindo a brisa fria da noite contra minha pele. Aproximo-me do carro cinza e sorrio quando Eduardo se aproxima.

Ele me convidou na quarta para sair, quando decidiu me visitar. Confesso que fiquei surpresa com o convite e acabei aceitando. Não posso passar o resto da minha vida me lamuriando por ter sido abandonada pelo Vinícius. Ainda o amo, é claro, mas ele não merece esse amor.

Quando Eduardo veio me visitar, eu o apresentei à minha vó. Ela gostou muito dele, apesar de ter ficado com o pé atrás quando eu disse que é um ex-amigo do Vinícius.

Afasto esses pensamentos, percebendo que Eduardo está com uma calça jeans e camiseta azul que combina com os seus olhos.

— Boa noite. Você está linda. — diz, analisando-me de forma intensa.

Fico um pouco desconfortável com o seu olhar.

— Obrigada, você também está muito bonito. — murmuro com as bochechas quentes.

Ele sorri. — Obrigado. Vamos?

Assinto.

Eduardo abre a porta do carro para mim e eu me sento no banco ao lado do motorista. Ele entra no carro, travando as portas e ligando o rádio do automóvel em uma estação de música sertaneja.

— O restaurante é aqui perto? — pergunto de forma casual.

— Não. Fica no centro da cidade. — me observa de canto, enquanto dirige. — Costumo ir lá com meus pais. Fora o restaurante onde você trabalha, já foi a algum outro?

— Sim. — murmuro ao me lembrar da primeira vez que pisei em um. — Vinícius me levou uma vez.

— Ah... — ele não prolonga o assunto, pois sabe que isso ainda me deixa mal.

— Você mora com os seus pais? — questiono pra descontrair o clima estranho.

— Não. Tenho o meu próprio apartamento. Não gosto de ser controlado, apesar de amá-los muito.

— Entendo. — sorrio. — Eu, por outro lado, amo morar com a minha vó. Não consigo me imaginar em outro lugar que não seja perto dela.

— Ela é muito importante para você, né?

— Muito. Dona Mercedes é a pessoa mais maravilhosa que conheço.

— E também é uma senhora muito divertida. Gostei dela.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora