Ana Clara
Deixo um Matheus todo manhoso com a vovó Mercedes. Ele acordou chorando e só se acalmou quando lhe dei de mamar. Depois foi para os braços da minha vó com muito custo. Fico angustiada em deixá-lo já que não estamos acostumados a nos separar por muito tempo, ainda mais porque ele é tão pequeno ainda.
Então como ele acordou muito irritado, achei melhor deixá-lo em casa descansando. Qualquer coisa, a vovó me liga.
Eduardo me ligou pedindo que eu o esperasse para ir a um lugar. Ele disse pelo telefone que precisa me dizer algo inadiável. Achei isso um pouco estranho, mas tomei uma ducha e vesti uma saia de cintura-alta e uma blusa preta para esperá-lo. Estou curiosa.
Dez minutos depois, estou dentro do seu carro.
— Bom dia. — murmuro, observando que ele está com roupas formais. Provavelmente ainda vai para o trabalho.
— Bom dia. Como você está?
— Muito bem. E você?
— Estou ótimo. — sorri, lançando um breve olhar para mim e depois para o caminho a sua frente. — E o Matheus?
— Acordou manhoso, e eu o deixei com a minha vó.
— Sei. — murmura. — Você deve está curiosa sobre a nossa conversa, certo?
— Sim, você falou com tanta urgência pelo telefone.
— Desculpa. Não é um assunto tão grave assim. Eu te digo quando chegarmos ao restaurante.
— Restaurante? — arqueio as sobrancelhas.
— Isso. Ele fica em uma praça aqui perto. É ótimo.
— Eu nem estou vestida tão bem. — coro.
— Não se preocupa. O lugar é bem informal e você está linda.
— Obrigada. — sorrio envergonhada.
Chegamos ao restaurante um tempo depois. Ele é lindo. Além de termos a opção de ficarmos dentro dele, também podemos nos acomodar na área externa, onde as cadeiras e as mesas de madeira criam um belo contraste sobre a praça com calçamento de pedras. O lugar é realmente bonito e informal.
Seguimos até uma mesa e nos sentamos nas cadeiras.
— Se chover... — Edu observa o céu nublado. — Nós entramos. — aponta o restaurante de dois andares.
— Tudo bem.
Ele pede dois sucos à atendente que entra no restaurante.
— Acho que você já pode falar. — murmuro, pensando no assunto que ele tinha para mim.
— Tudo bem. — respira fundo e parece achar dificuldade para expor o que há de tão importante. — Eu te trouxe aqui porque preciso te falar uma coisa. Promete que não vai me odiar?
Sua pergunta me pega de surpresa. O que ele tem para me contar é tão grave assim?
— O que é?
A forma como ele parece nervoso me diz que é algo muito sério. Temo o que ele possa dizer, mas espero suas próximas palavras ansiosamente.
— Droga! Você vai me odiar, tenho certeza. — murmura, olhando para os lados. Seu olhar se volta para mim e ele parece um pouco aflito. — Você lembra quando nos conhecemos lá no interior?
— Sim, lembro.
— Bom... Você também conheceu o Vinícius naquela época. — faz uma pausa antes de falar. — Acontece que depois daquela festa que nos conhecemos, não parei de pensar em você.
![](https://img.wattpad.com/cover/143572917-288-k465029.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Redenção Do Bad Boy
RomanceAté que ponto o amor pode ser destrutivo? A ingênua Ana Clara de 16 anos não pensou nisso quando se envolveu com Vinícius de Albuquerque Velásquez, um jovem rico da cidade grande. Ela só não esperava que ele se mostrasse tão cruel. Agora grávida, e...