C a p í t u l o 61🌻

15.1K 954 97
                                    

Ana Clara

Deixo um Matheus todo manhoso com a vovó Mercedes. Ele acordou chorando e só se acalmou quando lhe dei de mamar. Depois foi para os braços da minha vó com muito custo. Fico angustiada em deixá-lo já que não estamos acostumados a nos separar por muito tempo, ainda mais porque ele é tão pequeno ainda.

Então como ele acordou muito irritado, achei melhor deixá-lo em casa descansando. Qualquer coisa, a vovó me liga.

Eduardo me ligou pedindo que eu o esperasse para ir a um lugar. Ele disse pelo telefone que precisa me dizer algo inadiável. Achei isso um pouco estranho, mas tomei uma ducha e vesti uma saia de cintura-alta e uma blusa preta para esperá-lo. Estou curiosa.

Dez minutos depois, estou dentro do seu carro.

— Bom dia. — murmuro, observando que ele está com roupas formais. Provavelmente ainda vai para o trabalho.

— Bom dia. Como você está?

— Muito bem. E você?

— Estou ótimo. — sorri, lançando um breve olhar para mim e depois para o caminho a sua frente. — E o Matheus?

— Acordou manhoso, e eu o deixei com a minha vó.

— Sei. — murmura. — Você deve está curiosa sobre a nossa conversa, certo?

— Sim, você falou com tanta urgência pelo telefone.

— Desculpa. Não é um assunto tão grave assim. Eu te digo quando chegarmos ao restaurante.

— Restaurante? — arqueio as sobrancelhas.

— Isso. Ele fica em uma praça aqui perto. É ótimo.

— Eu nem estou vestida tão bem. — coro.

— Não se preocupa. O lugar é bem informal e você está linda.

— Obrigada. — sorrio envergonhada.

Chegamos ao restaurante um tempo depois. Ele é lindo. Além de termos a opção de ficarmos dentro dele, também podemos nos acomodar na área externa, onde as cadeiras e as mesas de madeira criam um belo contraste sobre a praça com calçamento de pedras. O lugar é realmente bonito e informal.

Seguimos até uma mesa e nos sentamos nas cadeiras.

— Se chover... — Edu observa o céu nublado. — Nós entramos. — aponta o restaurante de dois andares.

— Tudo bem.

Ele pede dois sucos à atendente que entra no restaurante.

— Acho que você já pode falar. — murmuro, pensando no assunto que ele tinha para mim.

— Tudo bem. — respira fundo e parece achar dificuldade para expor o que há de tão importante. — Eu te trouxe aqui porque preciso te falar uma coisa. Promete que não vai me odiar?

Sua pergunta me pega de surpresa. O que ele tem para me contar é tão grave assim?

— O que é?

A forma como ele parece nervoso me diz que é algo muito sério. Temo o que ele possa dizer, mas espero suas próximas palavras ansiosamente.

— Droga! Você vai me odiar, tenho certeza. — murmura, olhando para os lados. Seu olhar se volta para mim e ele parece um pouco aflito. — Você lembra quando nos conhecemos lá no interior?

— Sim, lembro.

— Bom... Você também conheceu o Vinícius naquela época. — faz uma pausa antes de falar. — Acontece que depois daquela festa que nos conhecemos, não parei de pensar em você.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora