Ciano

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No dia em que essa ferida se abriu
Sangrou como água caindo da fonte
E eu aqui fiquei: bem debaixo desse monte
A mim mesma consolei com o pouco que sabia
Bem, pelo menos tentei
Não queria que acabasse em ruínas
Agora que a ferida cicatrizou
Lembro de como tudo ocorreu
A dor que senti
Mas minha esperança não morreu
Olhar essa mancha avermelhada em minha mão
Me faz lembrar das suas águas cor de ciano
Mesmo com essa ferida cicatrizada na mão
Morrerei tocando piano

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27/03/2014
11:27 p.m.

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livre IIOnde histórias criam vida. Descubra agora