Aprendi a amar

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Manhã que aquece e contorna
Pipa que enrosca no galho pelado
Pedaço de terra invadido e roubado
E a burguesia que acorda, ostenta e adormece ao lado
Pedaço de terra mantido
E pelos outros tido como abandonado
Não quero que me ensine, a não ser que seja a vida
Seu caderno cheios de flores e farpas
Aprendi a amar
Sem ela o sufoco seria maior
O desespero de frear, e pôr o pé no acelerador
A sede de acordar todos os dias, não importa onde for
Porque poesia e música significam vida
E a vida é nada sem poesia e música
No canto dos pássaros às cinco da manhã
Na dança dos galhos e suas leves folhas em época de outono
O escuro reconfortante de um túnel distante
Tudo isso e a mim mesma eu aprendi a amar
A vida me concedeu vinte anos pra entender isso
Que venham vinte mais

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01/09/2018
08:45 a.m.

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livre IIOnde histórias criam vida. Descubra agora