Vão.
Que capricho!
Pura ostentação
É só não pensar nele
Que o pé desliza pra dentro do trem
Não pensa
Não fala
Só entra
Manda o pensamento infantil pra puta que pariu
E vai viver sua vida
Ela não se resume a esse vão
Vai, menina
Vai dar oi pro mundão
Chegou a hora de colocar a cara na rua
Que se dane a multidão
Porque eles sussurram por costas
Riem na sua entrada
Murmuram em sua presença
É vontade de ter o que você tem
Ser quem você é
É vontade de te beijar, te odeiar, te amar
Vontade de te matar
Porque tudo o que eles querem é ser você
Eles falam, eu sei
Mas quem é que não fala?
Rebola mesmo!
Vai descendo as escadas
Não abaixe a cabeça
Não, nem dê bola
A corda é toda sua, querida!
Cuidado em quem a amarra.+++
22/06/2018
10:35 p.m.Polliana Oliveira
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Prelúdios de uma poeta livre II
PoetryEm terra de poesia a única regra é poetizar. "Desbravei ilhas e trilhas Contei os minutos, dias e milhas Migalhas minhas deixadas em cada bloco" (Home)