Outono V

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Peguei, então, a sua linha
Do carretel das estações fiz um embolo
Atei à agulha da ventania
Dei nela um beijo de sopro
Uni, por fim, à minha carne
Prometi a mim mesma: "Disso eu não morro"
Passar nove meses do ano longe da sua presença
Isso sim é que é sufoco
Porque as flores acalmam e depois se vão
O sol escalda, depois deixa escuridão
A neve faz estremecer, para depois a pele queimar
A sua vinda é silenciosa
Sorri por inteiro
O outono passa a reinar

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14/06/2018
09:10 p.m.

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livre IIOnde histórias criam vida. Descubra agora