Estação

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Eu sofri muito tentando entender do que a vida é feita
Vendo o trem passar
Não encontrei respostas
Só ouvi o vento soprar
Porque quando olho nos olhos dele o mundo gira mais rápido
E um buraco profundo ele parece tampar com as próprias mãos
Quando sorri como quem não entende meu transe
Rio sem graça
Ele não faz ideia do efeito que tem
É que o piano não perdoa
Toca em seu ritmo e velocidade
Sem se importar se minha voz acompanha
Fazendo minhas artérias sangrar
Me esvazio agora
Caio de joelhos no chão
Chamar o nome dele é impossível para a minha fraca voz
Ele não me vê
Eu só queria sentir seus braços agora
Ouvi-lo dizer baixinho que tudo ficará bem
Porque mesmo quando ele olha no mais fundo dos meus olhos
A procura de uma resposta silenciosa
Ah, como dói!
Ele não faz ideia de quem sou
A boca não abre
A voz não sai
Toca meus lábios com os seus
Toma a resposta de mim
Me toma pela mão
Caminha comigo
A estrada é longa
Eu aprendo contigo

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16/06/2018
04:41 p.m.

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livre IIOnde histórias criam vida. Descubra agora