São Paulo III

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Quando meus olhos te veem
Brilham tanto que lacrimejam
As vistas embaçam
Tudo vira borrão
Quando meus pés sentem seu solo
Sua vinda envolvedora
O corpo suspira tanto que tudo o mais voa
Ademais, seus olhos cintilantes penetram profundo
Objeto cortante
Suas mãos me puxam pra perto
Braços que me envolvem toda
Boca que me beija com ternura
Em seu sorriso esperto há gracejo e aguçadura
Hálito fresco que arrepia a espinha
Me pega no colo
Sussurra baixinho que você é minha
Me deixa morar dentro do seu coração
Porque você é mais do que eu preciso
E cidade alguma brilhará tanto quanto a sua aura
Levanta e samba toda pomposa!
Você é linda! É inteira! Poderosa!
Minha velha moderna São Paulo!
Ah, como eu te amo!
Em seus Passos, a fé é rra Coroa
Na sua presença eu rio à toa
É que eu só quero contigo estar
Que nada de América do Norte!
Ou Europa e Ásia e Oceania
Nem a bela África que irradia sozinha
Tudo o que eu quero é contigo morar
Porque você é minha
Tão unicamente minha, que eu me torno sua
Minha vida, minha amante, minha cidade nua
Deitar-me-hei ao seu lado, escura
E dormir no suspiro doce dos seus abraços
Me atura.

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12/06/2017
10:41 a.m.

Polliana Oliveira

Prelúdios de uma poeta livre IIOnde histórias criam vida. Descubra agora