Você nunca soou tão suave, tão macia
Quantos os meus ouvidos detectaram agora
Tão leve, sensível, saudosa
Tão frágil em minhas mãos
Dançando entre os meus dedos
Fugindo das minhas garras
O som dos tacos se fundindo com o metal
Difícil o mármore ceder
Os martelos estourarem
O marfim temer
Extremamente difícil te compreender em outras mãos
Em outras cordas, em outro corpo
Em outra voz se fez necessário ouvir o seu suspiro
Seu canto leve e veloz
Pena que seu pai não pode opinar
Nem mesmo reproduzir o que das garras da mente dele veio
E o que entre mortais apareceu para ser mais uma garoa
Uma tempestade forte de vento numa tarde fria de outono
Mais uma segunda-feira
O doce do mel da sua língua que goteja
Meu punhal de prata enferrujado
Leva, amado orvalho meu, o doce da semana
Deixa comigo o seu dono e o amargo#Chopin
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04/06/2018
03:34 p.m.Polliana Oliveira
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Prelúdios de uma poeta livre II
PoetryEm terra de poesia a única regra é poetizar. "Desbravei ilhas e trilhas Contei os minutos, dias e milhas Migalhas minhas deixadas em cada bloco" (Home)