Capítulo 16

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Brandon

Ela me olha assustada, segurando meu pulso pela argola da algema. Ela deve estar querendo fugir. Meu excesso de peculiaridade pode ser demais pra ela, mas me expor por inteiro era a única forma de Danielle entender como eu sou.
Ela está sensacional nesta roupa transparente. É um vestido de renda que deixa ver sua lingerie, suas coxas deliciosas e a curvatura incrível que seus seios fazem.
Eu quero beijá-la de cima a baixo, quero sentir seu cheiro tão de perto que possa impregnar em mim. Eu quero que ela me queira.
- Apague as luzes. - ela pede e eu obedeço. O quarto se ilumina pela luz que vem de fora e mais nada. Meu coração está quase saindo pela boca. Eu nunca me coloquei nas mãos de ninguém.
Ela olha no armário atentamente e escolhe mais um par de algemas e um açoite de couro. Meu estômago se revira, mas sinto um pouco de alívio, pelo menos ela não escolheu outro tipo de acessório mais perigoso pra mim.
- Deite-se. - ela aponta para a cama. Eu me deito de costas e ela se debruça sobre mim, me prendendo à cama. Meu toque nela está limitado. Isso é um pesadelo absoluto, mas entendo que ela está me testando. Ela se levanta e volta ao armário.
- Está se divertindo? - não resisto em perguntar. Ela olha para trás e na penumbra me encara.
- Você está? - ela soa firme e volta devagar.
- É a segunda vez no dia que você me imobiliza. - digo sentindo um arrepio. - Eu espero que pelo menos dessa vez você não saia correndo.
Só consigo pensar nisso.
Ela coloca uma venda ao redor dos meus olhos. Meus piores medos se concretizam. Não tenho como controlar ou prever o que vai acontecer. Sem nenhuma defesa minha adrenalina aumenta e minha boca seca.
- Você tem tanto medo de me querer porque eu sou diferente do que você gosta. Não sou loira, nem magra, nem obediente. - ela diz com toda razão. Eu respiro fundo.
Ela passa as pontas do couro pelo meu peito e braços, me fazendo arrepiar e tentar me soltar para me defender de um possível golpe. Eu não acho que ela vai me bater, mas meu cérebro não entende isso, me fazendo sentir medo e ansiedade.
Sinto algo quente e molhado no meu peito e respiro fundo. A boca dela está em mim. Se até agora eu não tinha conseguido me sentir excitado, a língua mágica de Danielle me desperta. Minha calça fica apertada e eu todo dolorido.
- Faz diferença se é a minha língua ou a de Larissa? - ela pergunta e entendo que ela quer me mostrar que desejo não tem nada a ver com o corpo ou a forma física.
- Danielle. - eu me contorço, enlouquecido com a boca dela que agora percorre minha barriga.
Ela para e eu luto contra a sensação de não poder fazer absolutamente nada.
- Danielle. - eu chamo novamente e ela abre minhas calças e as retira.
Agora estou completamente rendido.
Sinto sua boca me percorrer, até que um barulho vibracional familiar me faz retesar inteiro. Eu não dei limites a ela. Disse que ela podia fazer o que quisesse. Minha cabeça gira. Sinto a vibração em meus peito, barriga, até que ela passa o vibrador pelo meu sexo.
Eu estou tenso e completamente inebriado pela forma natural como Danielle me toca. Ela não tem restrições e por isso deve ser a mulher mais deliciosa que eu já provei.
A escuto gemer e meu estômago quase sai pela boca. Ela está usando o vibrador em si mesma enquanto sua boca me delicia de cima a baixo. Minha tensão some instantaneamente e consigo relaxar nos lábios de Danielle.
Eu tenho vários impulsos de tocá-la e mexo os braços enquanto ela me suga deliciosamente e geme enlouquecida.
Meu prazer é absurdo, indescritível. Estar tão nervoso me faz intensificar as sensações quando ela passa os dentes de leve pela ponta do meu pau, fazendo uma espiral deliciosa com a língua depois.
Eu urro. A aviso que vou gozar e ela coloca os dedos com seu gosto na minha boca, para que eu sinta seu sabor ao mesmo tempo que ela sente o meu.
É insano. E eu sinto uma onda elétrica me arrebatar, como se eu tivesse sido ligado a uma tomada.
Sugo os dedos dela vigorosamente. Eu preciso dela como preciso respirar. É a loucura mais sã que já vivenciei. Ela me dá alguns minutos, em silêncio. Estamos apenas escutando nossas respirações.
Ela sobe sobre mim e me beija a boca. Eu sinto sua língua me devorar e quando ela deixa o corpo cair para trás já me envolve quente e maravilhosamente lubrificada. Danielle cavalga em mim e eu ainda estou torpe pelo orgasmo passado. O que acontece com meu corpo é tão absurdo que mesmo achando que ainda precisava de mais tempo para me recuperar, ainda estava meio duro quando ela me beijou.
Ela geme e meus ouvidos são a zona mais erógena do meu corpo. A voz dela sempre teve um efeito poderoso na minha libido. Vou crescendo dentro dela enquanto ela sobe e desce. Dolorido e cheio de tesão eu volto a sentir o melhor prazer da minha vida, com ela apoiando forte as mãos no meu peito para facilitar um ritmo rápido, que me faz gemer e arfar junto com ela.
Não faria diferença se Danielle tivesse 50 ou 200 quilos. Ela ainda seria a mulher que me faz urrar de loucura e prazer.
Ela puxa a venda para fora dos meus olhos e eu a olho, linda, cabelos no rosto e completamente entregue a mim. Ela vira a cabeça de um lado a outro, fazendo sons deliciosos e lê meus pensamentos quando se inclina um pouco e solta meus braços, permitindo que eu a toque.
Passo as mãos por cada curva dela. Seios, barriga, sua cintura, suas coxas, cada pedaço dela que eu já tenha feito alguma piada sobre, me demoro em acariciar. Ela é linda e a puxo para um beijo na boca, atrapalhado pelas nossas respirações descompassadas.
Ela se segura nas grades da cama para conseguir se esfregar na minha púbis enquanto continua fazendo seus movimentos comigo dentro dela, esticando as pernas ao redor das minhas. Seguro firme sua bunda e a puxo para cima e para baixo, até que a sinto gozar. Por sorte sua boca está perto o suficiente do meu ouvido para que eu escute ela dar um grito visceral.
Seu orgasmo dura algum tempo, me comprimindo dentro dela.
Ela se levanta e continua até eu terminar, mas nem precisava. Meu prazer estava muito mais e observá-la do que em mim próprio.
Ficamos largados na cama por muito tempo, no escuro. Nenhum de nós dois falando, o que é um milagre no nosso caso. Eu sei que uma hora vamos quebrar isso e conversar sobre qualquer coisa. Mas exatamente agora eu só quero ficar assim, curtindo a exaustão pós sexo ultra gostoso e inusitado.
Danielle dá uma risada e deixo de olhar para o teto para ver seu rosto. Eu consigo achar isso a coisa mais sexy do mundo, mesmo que ela esteja somente ali deitada nua e meio entorpecida.
Nós dois somos muito parecidos, dominadores, vivemos na defensiva e prontos pro ataque. Quando me submeto a ela sou agraciado com sua forma de dar prazer. Quando tento que ela se submeta acabo sempre de joelhos a seus pés sem nem perceber.
Ela me tem nas mãos mais do que quando eu mesmo me rendi a ela.

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