Prazer... Me Chame De Seu Livro 3 ( Completo)

Capítulo 56 - Luca

Olho a cena que se desenrola na minha frente.

Que grande merda!

Sinto quando Bernardo que vinha atrás de mim, automaticamente começa a recuar de volta para dentro da loja, após seus olhos encontrarem a mesma coisa que os meus. Ele está certo em fazer isso, a moça com os euros falsos não sabe que ele e o outros está aqui, então com certeza esse pode ser o nosso trunfo.

- Que droga é essa que você está fazendo Esther? Eu acho que podemos resolver esse assunto sem que você coloque a em risco a vida dessa moça.

Os músculos do rosto da mulher estão totalmente travados. - Quem é você posso saber?

- Sou o doutor Luca Massarelli, delegado da Polícia Federal. E acho que você já conseguiu ver que as coisas não estão muito boas para o seu lado. - Dou um passo a frente sem tirar os olhos da mulher que segura a faca apertada no pescoço da vendedora. - Porque você não solta a moça pra a gente conversar? O que você está fazendo está me deixando estressado, e eu vou ser legal com você e te dar uma dica: As pessoas conseguem as coisas comigo mais facilmente se não me irritarem. Eu não reajo muito bem quando me tiram do sério, e que droga; é exatamente o que você está fazendo nesse momento, me irritando e me deixando com raiva de você.

- Eu estou te deixando com raiva... Ah fala sério. E não tenho nada pra falar com você. Você tentou me enganar com aquele papinho de que queria comprar um vestido para a sua noivinha, e o pior é que você até estava conseguindo para te dizer a verdade.

- E o que te fez perceber quem eu era?

- Eu não sei, acho que eu pensei que você era muito bom pra ser verdade. Além do mais a minha mãe sempre fala que quem deve, tem medo até da própria sombra. - De repente ela parece distante, falar da mãe tocou um ponto importante dentro dela pelo menos por alguns segundos, já que logo em seguida a suas feições se endureceram mais uma vez e ela logo gritou: . - E só para constar, eu acho bom você ficar parado ai onde está, não tente bancar o esperto, porque se não ela vai ficar com uma cicatriz bem grande nesse pescoço.

Olho para o rosto desesperado da funcionária, vejo que aos poucos lágrimas começam a se formar em seus olhos.

- Como você se chama? - Olho diretamente para a moça, deixo de lado a mulher que me encara atrás dela.

- Luíza, meu nome é Luíza. - A voz dela saiu tremida por conta do medo, e do nervosismo.

- Luíza, tem mais algum funcionário aqui na loja além de você? - Eu não vi ninguém além dela desde que entrei, mas ao passar aqui para os fundos, eu vi uma escada antes da porta da cozinha, então pode ter mais alguém lá em cima.

- Você não tinha que estar falando com ela, sou eu quem está dando as ordens por aqui. - Esther puxa os cabelos da moça forçando a cabeça dela para trás.

- Aiiii por favor, não me machuca. - A moça tenta segurar o braço da mulher que a está ameaçando.

- Calma Esther, eu só preciso de algumas informações, de você eu cuido já. - A minha frase pode ser interpretada de duas maneiras, espero sinceramente que ela escolha a certa. - E ai Luíza, tem mais pessoas aqui?

- Não, por enquanto sou só eu. Hoje é o meu dia de abrir a loja mais cedo. Mas daqui a pouco vai chegar a Aline que é a dona, e a Marta a outra vendedora.

- Entendi, então está tudo sob controle. - Estamos em maior número, e temos que nos preocupar somente com essa situação que se desenrola aqui. - Agora o meu assunto é com você Esther, queria a minha atenção e você a tem, vamos lá me conte o que pretende com tudo isso?