Nas últimas semanas sua vida tinha mudado radicalmente, e Anahí mal podia acreditar que havia apenas 72 horas que eles se conheceram quando ela lutava com um colchão. Parecia que tinha sido muitos anos atrás. Agora, Anahí tinha um emprego, um lar e novos amigos, mesmo que tivessem sido um pouco hostis no início e que ainda não fossem muito chegados. A gatinha estava contente, ela estava contente e sua filhinha estava segura.
— Alfonso?
— Sim? — Sua voz era macia, e ela sentiu um enorme vontade de se encostar nele.
— Obrigada.
— Por quê?
— Por ser um cavaleiro em sua armadura reluzente, resgatando-me daquela enrascada em que me meti. Acolhendo a mim e minha gatinha. Farei qualquer coisa por você.
Ele riu baixinho e deu-lhe um abraço carinhoso; depois a soltou.
— Foi um prazer poder ajudá-la — ele murmurou, sensibilizando-a.
Ela podia sentir o calor que seu corpo emanava, o peso do seu braço em volta dos ombros dela, seu cheiro e mais alguma coisa que mexia com o corpo dela. Provavelmente era uma indigestão, ela pensou, e levantou-se com a gatinha nos braços.
— Vou me deitar.
Em seguida, ele se levantou e a segurou pelo braço para ajudá-la nos degraus, e os dois entraram em casa. Ele parou junto à porta do seu escritório e fez um carinho no rosto dela.
— Boa noite. Durma bem. E obrigado pela noite agradável.
Pelo jantar? Ou pelo resto? Ela não sabia e não queria perguntar. Queria apenas apreciar a mão dele em seu rosto. Teve vontade beijar sua mão, mas ele logo se afastou.
— Não foi nada — ela respondeu, depois foi para seu quarto com Pebbles.
Da cama ela ficou observando o gramado onde viu o reflexo das luzes do escritório, mas pouco depois elas se apagaram, assim como a luz do corredor, e, em seguida, foi o quarto dele que iluminou o jardim.
Passado um tempo, ele apagou a luz, e a escuridão se apoderou do jardim.
— Boa noite — ela sussurrou e fechou os olhos, deitando-se de lado e se encolhendo, com a mão debaixo do rosto, o lugar que ele havia tocado tão brevemente.
Anahí ainda podia sentir a mão dele, ela pensou, embalando-a enquanto pegava no sono...
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Lar da Paixão (ADP)
FanfictionSem dinheiro, grávida e sozinha, Anahí Puente queria se estabelecer e criar raízes. Afinal, recebera alguns golpes duros da vida. Quando Alfonso Herrera a encontrou morando na casa vazia que ele acabara de comprar, sabia que deveria ter pedido que e...