Após o jantar, mesmo de roupas limpas, eles foram trabalhar na horta, pois ele disse que ela com sete meses de gravidez já tinha trabalhado muito naquele dia. E ele foi obrigado a concordar que a horta ficaria ótima.
— E a cascata, onde ficará?
— Ali — ela disse, apontando para o muro atrás dele. — Bem, segundo Pâmela, a cozinha fica bem ali, então não haveria problemas com encanamento e instalações elétricas.
— Foi o que ela afirmou?
— Sim.
— E como é essa cascata que estou pagando para fazer? - Perguntou, Anahí piscou e deu de ombros.
— Não tenho idéia. Pâmela disse que era para você decidir.
— Ora, ora.
— Não a culpe. A ideia inicial foi minha, água corrente acalma.
— E me dá vontade de urinar. – ele comentou e ela riu.
— Isso também, mas é repousante. Achamos que faria um lindo cantinho de contemplação. Produtivo, repousante, um bom lugar para esfriar a cabeça quando os problemas se acumularem.
— Estou cheio de problemas agora, e isto aqui não está ajudando em nada — ele resmungou, mas não estava sendo muito sincero. Alfonso a ajudou a regar as pequenas mudas de plantas e depois se afastou um pouco para apreciá-las. — Certo. Quero mais um copo de vinho. Vou dar alguns telefonemas e depois me deitar. E você?
— Estou cansada — ela confessou.
Ele sabia, por isso a estava ajudando, para ela poder se deitar cedo e descansar. Alfonso a deixou na porta do quarto dela e foi para seu escritório, e deu de cara com a foto de Catherine. Ela jamais teria entendido o gesto dele de mostrar casa toda para a sra. Jessop. E nem entenderia as ervilhas, as alfaces, e teria jogado a cascata pelo penhasco abaixo. Talvez a sra. Jessop também. Ele colocou a foto de Catherine dentro do triturador de papéis e se sentiu aliviado.
* * *
Anahí estava mais do que cansada, estava exausta. O dia tinha sido longo demais. Ela ajudou Alice no jardim, fez bolo, e ainda passou camisas e calças de Alfonso. Depois foi até a cidade comprar as sementes, e a sra. Jessop e a filha chegaram, e ainda trabalhou na horta no final do dia. Quando estava pronta para cair na cama, ela deu pela falta de Pebbles, que a essa hora deveria estar se enroscando em suas pernas pedindo comida ou carinho. O pote com ração estava cheio, e a caixa de areia, limpa. Poderia ter ido lá fora fazer suas necessidades, mas Anahí começou a se preocupar. Preocupou-se, e muito. Anahí procurou a gatinha por toda parte, depois foi até o escritório de Alfonso e bateu de leve na porta.
— Oi, algum problema?
— Não encontro Pebbles. Achei que poderia estar aí com você.
— Não, quando a viu pela última vez?
— Não lembro. Acho que bem mais cedo. Ela estava no jardim quando eu e Alice estávamos lá, depois não a vi mais.
— Deixou o portão lateral aberto quando os da frente estavam abertos também?
— Não. Os portões da frente estavam fechados.
— Pode ser que tenha ido para o jardim da frente e ficado presa lá, agora que o portão lateral está fechado. Vamos lá ver.
Juntos eles vasculharam a casa, em seguida ele acendeu as luzes externas, e eles saíram para o jardim procurando por baixo de arbustos, atrás de caixas e qualquer outro lugar em que ela pudesse ter se escondido. Até que Anahí notou que Alfonso estava parado, fitando-a, e ela entendeu tudo.
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Lar da Paixão (ADP)
FanfictionSem dinheiro, grávida e sozinha, Anahí Puente queria se estabelecer e criar raízes. Afinal, recebera alguns golpes duros da vida. Quando Alfonso Herrera a encontrou morando na casa vazia que ele acabara de comprar, sabia que deveria ter pedido que e...