8

65 5 0
                                    


Acabei por a deitar com cuidado em cima da cama e não conseguia-mos parar de nos beijar. Tirei a minha camisola e ela ficou a olhar para mim e para o meu corpo.

- Passa-se alguma coisa?

- Podia se passar muita coisa, mas é melhor ficar-mos por aqui.

- Mas estás bem? -perguntei preocupado.

- Ao teu lado, acho impossivel, não estar... -disse o que me fez sorrir e trocamos mais um beijo.

Ajudei-a a levantar-se e ir à casa de banho, depois de me chamar, voltamos ao quarto. Deitei-a na cama e deitei-me ao seu lado, nada dizia, o que estranhei, estava muito pensativa.
Aproximei-me um pouco mais dela, o que a fez olhar para mim. E vi aquele brilho no seu olhar, e ela começou a sorrir.
Lembrei-me das suas palavras em que me disse, que era impossivel, não estar bem do meu lado. Palavras essas que mexeram comigo, fizeram com que o meu coração batesse mais depressa.
Perguntava-me como seria possivel, o namorado dela trata-la como uma princesa, mas não conseguir fazê-la feliz? E aquele brilho nos seus olhos, seria por minha causa?

- O que tanto se passa aí dentro dessa sua cabeça, para estares tão pensativa?

- Tanta coisa e entre tudo isso, estava a pensar no que te disse à pouco...tu fazes-me bem.

- Daí esse brilho nos teus olhos...

- A sério?

- Sim! -disse sorrindo o que a fez sorrir também.

De repente, ouvimos um barulho, era a porta de casa. Acabamos por nos rir, de certeza que a Maria teria bebido um pouco demais.
Apaguei a luz do quarto, para que ela não percebesse que estaria alguém acordado. A Melissa controlava-se para não rir alto demais, até que acabou por me beijar.
O que resultou, assim nenhum de nós, voltou a rir-se em demasia. Ouvimos a porta do seu quarto, fechar e mesmo assim, não conseguimos parar.
Levei a minha mão à sua cintura, por debaixo da camisola, e ela arrepiou-se de novo e desta vez, soltou um suspiro. Começei a beijar o seu pescoço, o que a fazia se arrepiar cada vez mais.
Mas acabei por parar, à alguns minutos, ela me disse para pararmos. E agora, estavamos a ir pelo mesmo caminho, então achei melhor parar.
Percebi que ficou algo chateada por tê-lo feito, mas havia algo que ela me estava a esconder. Mesmo não sabendo o que era, não queria arriscar, não queria envolver-me com ela, sem que me contasse tudo.

- Rafinha...

- Sim? -perguntei e pude ver pelo seu olhar que ela estava confusa.

- Desculpa, é que eu não consigo...não sou capaz.

- Não faz mal, eu compreendo. Vem cá, encosta aqui e vamos dormir, sim? -perguntei fazendo-lhe sinal para deitar a sua cabeça no meu peito.

- Sim. Obrigada! -disse sorrindo e depois de me dar um beijo, deitou a sua cabeça no meu peito e em poucos minutos, adormeçeu.

Talvez, fosse por causa do seu namorado, os sentimentos que ela ainda deve sentir por ele. Ou talvez, não se queira vir a arrepender por estar a traí-lo.
Muitas eram as perguntas que me fazia, mas de uma coisa, eu tinha a certeza. Ela queria muito estar comigo, podia senti-lo pela maneira como ela reagia ao meu toque.
Sabia pelo brilho no seu olhar, pela maneira como ela me beijava. Queria acreditar, que mesmo, não querendo magoar o seu namorado, ela sentia alguma coisa por mim.
Depois de muito pensar e continuando a fazer-lhe carinhos e a vê-la dormir, muito tranquila. O sono acabou por apareçer e apaguei a luz, encostando a minha cabeça na almofada e adormeçi.

*** *** *** *** *** *** *** *** ***

Acordei e reparei que o Rafinha, não estava na cama. Mantive-me deitada, e o que tinha acontecido entre nós, acupou a minha mente.
O Afonso, já me tinha feito sentir daquela maneira, no inicio do nosso namoro. Muito antes de me contar que não podiamos fazer coisas "sujas".
A nossa relação, era só à base de beijos e alguns toques, nada mais. Tudo o que envolvesse, algo mais intimo, era proibido, o que aprendi a aceitar.
Mas ao estar com o Rafinha, era tudo tão diferente, ele fazia-me querer mais. Fazia-me sentir algo mais do que alguma vez senti com o Afonso.
Só que eu sabia que ao envolver-me com ele, iria sentir-me um pouco mal, por estar a trair o meu namorado. E também, dava para perceber que o Rafinha gostava de mim e não queria magoa-lo.

- Bom dia! -disse apanhando-me de surpresa ao entrar no quarto e abriu as janelas.

- Bom dia!

- Enganas-te no quarto e vieste parar ao do Rafinha, Ontem? -perguntou sentando-se na beira da cama.

- Não, foi ele quem me trouxe para aqui.

- Bem, tendo em conta que tu estás lesionada, vou acreditar que ele o fez só por precaução.

- Ele achou que seria melhor, para me puder ajudar durante a Noite...

- Quando cheguei, estava tudo apagado e não era tão tarde assim, para vocês já estarem a dormir.

- E não estavamos! -disse começando a rir e ela olhava para mim, desconfiada.

- Conta-me tudo, Melissa Garcia!

- Nós tivemos à conversa e aconteceram umas coisas... E demos por tu entrares em casa, o Rafinha apagou a luz e quando foste pró quarto, voltou a acender.

- Malandros, que coisas aconteceram entre vocês?

- Beijos, toques, eu e ele quase que...

- Oh meu Deus, a sério?

- Sim a sério. Houve uma primeira vez em que as coisas aqueceram, mas eu achei melhor parar. Mas depois, acabou por surgir uma segunda, e Deus, eu começei a ferver por dentro a querer que ele continuasse...
Só que sem eu estar à espera, ele parou, acho que percebeu que era o melhor a fazer. Acabei por pedir-lhe desculpa e dizer-lhe que não conseguia fazê-lo.

- E ele?

- Compreendeu e foi super querido comigo!

- Tens noção de quantas gajas, gostariam de estar no teu lugar?

- Tenho, mas eu não quero magoar o Rafinha e apesar de tudo, eu ainda tenho o Afonso...

- Mel, ele nem foder deve saber, senão já o tinha feito contigo! -disse e por mais que quisesse sentir-me chocada com o que ela tinha dito, era impossivel, acabei por me rir.

- Já estou numa altura em que tenho que concordar contigo. Eu senti coisas com o Rafinha que nunca tinha sentido com o Afonso.

- Posso fazer-te uma pergunta assim mais para o intima?

- Até tenho medo do que aí vem.

- Alguma vez, o Afonso te deixou molhada só com beijos e tal?

- Não! -disse sem sequer exitar.

- E o Rafinha?

- Tenho mesmo que responder?

- MELISSA! -gritou surpreendida o que me deixou envergonhada.

- Bom dia meninas. Trouxe o pequeno-almoço para a machucadinha! -disse entrando no quarto com um tabuleiro nas mãos, o que nos apanhou de surpresa.

---------------------***---------------------

Olá meus Amores!!
Fica aqui mais um Capítulo para vocês, espero que gostem.
Será que o Rafinha ouviu alguma coisa da conversa das meninas??
Fico à espera dos vossos Votos, Comentários e Partilhas!!!
Beijinhos <3

Confía En Mí (Rafinha Alcântara)Onde histórias criam vida. Descubra agora