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- O que foi? -perguntei finalmente olhando para ele.

- Não me tinhas contado que cantavas tão bem.

- Há muita coisa que não sabes sobre mim. E tenho aulas de canto, desde pequena.

- Muito bem, eu toco guitarra, podiamos fazer algo juntos, se quiseres. -disse sorrindo e eu fiquei pensativa.

- Não vejo porque não!

Acabamos de lavar, limpar e arrumar tudo e fomos para a Sala. A Maria juntou-se a nós e sentamo-nos no sofá.
O Rafinha sentou-se ao meu lado, já com a sua guitarra e decidimos que música, ele saberia tocar e eu cantar. Optamos pela "Marinero" do Maluma e depois dele afinar a guitarra, começamos e a Maria filmava.
Senti-me à vontade a cantar com ele, não me sentia nervosa, nada. Ele tocava super bem e de vez em quando, trocavamos alguns olhares e sorrisos.

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Maria:

A sintonia enquanto o Rafinha tocava e a Melissa cantava, era incrivel. Depois de estarem calado e super estranhos, durante todo o jantar, vê-los assim, era a confirmação que haverá algo entre eles.
A Melissa tinha-me contado que o Afonso lhe ligou e falou-lhe de uma maneira rude. E que o Rafinha quis que desabafasse com ele e até a aconselhou.
Eu já percebi que há algo entre eles que talvez ainda, não tenham dado conta. Mas sei do quanto a Melissa ama o Afonso, logo sou incapaz de lhe falar sobre o assunto.
Talvez ela perceba antes de regressar-mos a Lisboa. Isto senão for o Rafinha a dar o primeiro passo.
Percebi que a Melissa começou a deixar cair algumas lágrimas, enquanto cantava e aí parei de os filmar. Não queria que ela, quando visse o video, se visse a chorar.
Sabia bem o porquê daquelas lágrimas, conheçia-a bem de mais. O Rafinha também percebeu e com apenas um olhar, pediu-me para ficar sozinho com ela.
E então, saí da Sala e ao ir para o quarto, percebi que pararam de tocar e cantar. Ficava descansada, porque o Rafinha já tinha mostrado ser uma boa pessoa e de confiança.

*** *** *** *** *** *** *** *** ***

- Desculpa, acho que me deixei levar... -disse sorrindo fraco e limpando as lágrimas.

- Não faz mal. Estás bem?

- Sim, isto já passa.

- Tens a certeza?

- Sim. A Maria? -perguntei, finalmente percebendo que só estavamos os dois na Sala.

- Ela percebeu que estavas a chorar e eu pedi-lhe para ficar-mos a sós.

- Hm ok. Achas que posso ir até à piscina?

- Claro!

Levantei-me, abri a porta de acesso ao exterior da casa e caminhei até à piscina. A Noite estava ótima e sentia-se um calor agradável.
Despi a roupa que tinha, menos a roupa interior e entrei na piscina. Ao voltar à superficie, vi o Rafinha junto à porta com uma toalha na mão.

- Vem, a água está ótima! -disse e ele sorriu.

Vi-o despir a sua camisola e os seus calções, ficando apenas de boxer's. Aquela visão, fez-me ficar com um calor enorme que nem a água fria da piscina arrefecia o meu corpo.
Ele entrou na piscina e eu mantive-me tal e qual como estava. Quando veio à superficie, aproximou-se de mim e eu atirei-lhe com água, o que nos fez rir.
O Rafinha resolveu vingar-se da mesma forma e eu começei a fugir dele. Até que me conseguiu agarrar por trás e aquele simples contacto dos nossos corpos molhados, fez-me arrepiar.
Virei-me de frente para ele, mas não conseguia olhá-lo nos olhos. Ele percebeu, tanto que levou uma das suas mãos até à minha bochecha e fez-me olhar para si.

- Não sei se isto foi uma boa ideia...é melhor irmos para dentro. -disse afastando-me dele, mas voltou a puxar-me para si e ficamos a olhar um para o outro.

- Melissa eu sei que isto é errado, mas... -disse, mas eu sabia a onde ele queria chegar e então beijei-o.

Percebi que o tinha apanhado de surpresa, mas depois, agarrou-me pela cintura juntando ainda mais o meu corpo ao seu. Quando separa-mos as nossas bocas, por falta de ar, voltei a não ter coragem de olhá-lo nos olhos.
Nem acreditava que o tinha beijado e que beijo, nem o Afonso alguma vez me tinha feito sentir desta maneira. O Afonso, meu Deus, o que estava eu a fazer?
Eu acabei de beijar outro, ou melhor o Rafinha, quando tenho namorado. Afastei-me dele, saí da piscina, peguei na toalha, nas minhas coisas e fui para o quarto.
Enrrolei-me na toalha e sentei-me na cama, começando a chorar. Sentia-me mal por ter beijado o Rafinha, pois achava que estava a trair o Afonso.
Acabei por me levantar e ir para a casa de banho. Despi-me e entrei no chuveiro, liguei a água e deixei-a cair pelo meu corpo.
Já mais calma, saí, sequei-me, vesti o pijama e deitei-me. Não conseguia olhar mais para a cara do Rafinha, Hoje.
E nem saberia, como fazê-lo Amanhã, mas teria que o fazer. Levei algum tempo até conseguir adormeçer, mas quando o sono veio, apaguei.

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Olá meus Amores!!
Espero que gostem deste Capítulo...
E quero muito que façam as Visualizações e Votos desta Fic, crescerem pff...
Só assim, saberei se realmente estão a gostar desta História...
Conto com vocês, bora lá!!!
Beijinhos :*

Confía En Mí (Rafinha Alcântara)Onde histórias criam vida. Descubra agora