PRIMEIRA DAMA - Livro 1

CAPÍTULO TRINTA

Francine Lombardi

- O que tanto a Senhora, tem a esconder? _ pergunto com os braços cruzados quando a mesma se vira para mim arregala os olhos.

- Oi, minha filha. _ diz com um sorriso triste. - Eu não tenho nada a esconder, o Romeu que fez algo que não deveria e vai pagar por isso. _ diz o encarando.

- O que o Romeu fez de tal errado? _ pergunto me fazendo de desentendida.

- Aqui não é lugar e nem dia para gente conversar sobre isso. _ diz olhando em volta. - Amanhã conversamos na sede.

- Não tem como, a gente conversar na sede sem o chefe. _ lembro.

- Então a gente espera ele volta. _ diz dando de ombros.

- Negativo. Vamos agora para o escritório.

- A mãe aqui sou eu. _ rosna.

- Romeu depois conversamos. _ ignora o que ela disse. - Avisa o Benito, por favor, que vou estar no escritório com a minha mãe.

Nós dirigimos para o antigo escritório do meu pai, ainda é estranho falar nem assim, as vezes eu ainda penso que ele está aqui. Entro e espero Dona Helena, entra em seguida fecho a porta. Me sento no sofá no canto direito do escritório.

- Senta-se. _ peço a mesma se senta ao meu lado cruza as pernas e me encara com ternura e arrependimento ao mesmo tempo.

- Você quer saber da Melinda né? _ pergunta.

- Não Helena, quero saber como faz panqueca. _ reviro os olhos. - Quero saber tudo sobre a minha mãe. _ ela me encara com dor, acho que me ouvir chamando Melinda de mãe, a machuca.

- Olha como você fala comigo, Francine. _ diz com raiva. _ respiro fundo.

- Tem como você me contar, longo essa história Helena, vocês fizeram da minha vida uma mentira.

- Não me chama pelo nome, eu sou sua mãe. _ diz e começa a chorar.

Nunca entendi o motivo das pessoas chorarem assim, meu Deus espero que isso faça bem para saúde, por que eu não vejo necessidade disso.

- Sua mãe foi uma traidora, ela sempre quis o que era meu, como o seu pai.

- Tem certeza que não é a Emma que e filha da minha mãe? _ pergunto com ironia.

- Quando meu pai me contou, que eu ia me casar com o Henrico, fiquei feliz afinal eu sempre fui apaixonada pelo Henrico. _ suspira antes de continuar.
- Melinda me ajudou em tudo sobre o casamento, estava tudo perfeito quando eu vim para o México dias antes do casamento meu pai fez a Melinda me acompanha, não reclamei não queria ficar sozinha debaixo do mesmo teto que meu futuro marido. _ sorrir perdida em lembranças. - Melinda sempre arrumava um jeito de me deixar sozinho com seu pai, um lado meu adorava isso já o outro detestava eu sempre fui insegurança, não me acha suficiente pro Henrico. O mesmo adora o jeito espontâneo da Melinda, ela sempre dizia o que pensava, e não tinha medo das consequências, igual a você. Você é a cópia perfeita da Melinda. _ as lágrimas rolam pelo seu rosto. - Com o tempo Henrico começou arrumar desculpas para Melinda, vim pro México, dizendo que eu ficava sozinha, estava triste e isso poderia ser falta da irmã gêmea, eu como uma tola acreditava no que ele dizia, afinal ele era meu marido, pensei que queria o meu bem. _ rir com ironia. - Até que um dia sai para fazer compras, sair um pouco de casa, quando cheguei estava uma gritaria no escritório, fiquei escutando atrás da porta e ouvir Melinda dizendo que estava grávida de um mês. Sem saber o que fazer fui para o quarto e chorei praticamente a noite toda até pega no sono. Quando acordei de madrugada seu pai ainda não está no quarto, me levantei e vim atrás do mesmo que estava no escritório bebendo. Quando o questionei sobre isso, ele me agrediu, só não foi pior por quê a Melinda apareceu, só ela conseguia acalma-lo parecia que ele precisava dela para sobreviver. Parei no hospital fiquei em coma com a pancada que levei na cabeça. Quando acordei tudo já estava resolvido, meus pais já sabia da traição, Melinda se casou com um soldado do meu pai, por conta da gravidez. Henrico agiu com se nada tivesse acontecido, eu fiquei com medo de tocar no assunto e fica em coma de novo. Com o tempo as agressões físicas e verbal se tornaram frequentes, não podia dizer nada que se torna motivo dele me agredir. Nove meses se passaram e você nasceu, eu não tinha voltando a falar com a Melinda direito, mas quando eu coloquei meus olhos em você percebi que eu não poderia ficar longe de você, um amor floresceu no meu peito. _ ela segura minha mão, me fazendo fita-la. - Eu me apaixonei assim que coloquei meus olhos em você. Quando você fez sete meses, minha irmã já estava se dando bem com seu marido, és estavam felizes, mas infelizmente a vida é cruel. Quando eles fizeram 1 ano de casados, poucos dias antes do seu aniversário, saíram para jantar em comemoração o aniversário de casamento seus "pais" e sofreram um acidente. Consegui pega sua guarda e a criei como se fosse minha filha biológica. Por você ser muito nova, não se lembra da sua mãe, eu também não fiz questão de mantê-la viva na sua memória. Eu sei que fui egoísta, mas foi a única forma de ter você é o Henrico para mim.