Noah confortou Samantha. Ele a envolveu com os braços, a cabeça apoiada em seu peito. Samantha ainda estava em estado de choque pelo acontecimento. Claro que não demonstrara fraquejo diante da amiga, naquele momento quem mais precisava de ajuda era Lilly. Sam não podia fraquejar. Mas nos braços de Noah, onde ela se sentia perfeitamente segura, poderia desmanchar-se. Ele era um bom ouvinte — não sabia se era algo natural dele ou obrigatório pelo trabalho que exercia, — pois prestou bastante atenção no que Sam lhe contava. Parecia estupefato, mas a consolou e logo depois de levá-la à casa de Lilly, partiu para a delegacia dizendo que iria investigar mais essa situação.
A questão era que Noah se sentia frustrado por ter passado dois meses e a investigação não ter andando para frente. Ele não tinha descoberto nada. Não tinha pistas e nem suspeitos, além do tal Thomas Parker que ainda teria de ter uma boa conversa, tudo o estava deixando louco. E o próprio sabia que ao tentar um relacionamento com Samantha, tornaria a situação ainda mais complicado. Noah não era um cara de relacionamentos, de coisas sérias e sabia que ao retornar com ela teria que ser 100% fiel. Não teria problema algum, ele estava apaixonado por ela.
Samantha sabia que naquele momento Lilly precisava dela, por isso decidiu ficar alguns dias com a amiga até ela se sentir confortável à voltar andar na rua sozinha. O problema era que Lilly estava horrorizada para ficar sozinha novamente. Ela até fazia algumas piadas e sorria, porém, quando parava e fitava o nada por um bom tempo, aquilo assustava Sam. Podia notar que a amiga tentava dar o seu melhor, por isso decidiu a acompanhar em todos os lugares até que a mesma se sentisse um pouco melhor e segura. Obviamente, ninguém se sentiria seguro até o assassino ser descoberto. Ela percebia que Noah parecia empenhado, só que tinha uma coisa que a deixava mais desconfortável. E se tivesse mais do que apenas uma pessoa por trás do assassinato de Melanie e o ataque a Lilly?
Tentou esquecer-se desse pensamento e focar na escolha de um filme para assistir com a amiga. Lilly parecia decidida em ficar com o romance, mas Sam definitivamente preferia o de comédia. Enquanto discutiam sobre qual era o melhor, a campainha da casa de Lilly tocou, fazendo a própria erguer as sobrancelhas, apreensiva e fitou Sam, esperando alguma atitude.
— Vai lá atender — disse Lilly, tomando os filmes da mão de Samantha.
— A casa é sua, você deveria fazer isso — retrucou Sam. Lilly revirou os olhos e deu de ombros.
Samantha resmungou algo e foi até a porta receber o visitante inesperado. Charlotte Grace encontrava-se parada do outro lado do batente e segurava um buquê de flores. Ela deu um sorriso aguardando ser bem recebida e convidada para entrar. Samantha se sentiu brevemente confusa. O que ela queria ali? Pelo que Sam se lembrava, Lilly e Charlotte haviam se afastado há alguns meses e desde então não se falavam e muito menos olhavam na cara uma da outra. Só que agora ali estava à garota, com flores em mãos e um sorriso levemente amargo por ter visto que Samantha havia aberto a porta ao em vez de Lilly.
— Ah! Olá, Samantha, quanto tempo! — falou Charlotte, surpresa, com um sorriso forçado. — Lilly está?
— Charlotte, como vai? — cumprimentou Sam, educadamente. — Ela está sim.
— Vou bem — disse ela enquanto entrava sem ser convidada.
Samantha ficou boquiaberta e levemente irritada. A garota olhou em volta a procura de Lilly e quando a encontrou abriu mais um sorriso e foi até ela.
— Lilly, querida!
Lilly arregalou os olhos e se levantou lentamente. Parecia surpresa tanto quanto Samantha.
— O que faz aqui, Charlotte? — perguntou.
— Vim vê-la! — respondeu a outra. — Fiquei sabendo do que aconteceu. Sinto muito, fiquei horrorizada quando soube.
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Obsessão [CONCLUÍDO]
Mystery / ThrillerObra concluída. 2º lugar na Categoria Terror do Concurso Who Is The Best? 2º lugar na Categoria Mistério/Suspense do Concurso Diamond Writers 3º lugar na Categoria Revelação do Concurso Diamond Writers Samantha Miller é uma típica adolescente de 17...