Capítulo Quarenta

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- Eu quero tanto acabar com você, fazê-la sofrer, mas não posso. – Elliot parecia angustiado, o olhar frustrado sobre a garota. – É claro que ainda posso matá-la, mas antes quero brincar com você.

Ele se levantou e caminhou casualmente até Sam e deu um pequeno sorriso. Os dedos dele passaram pelo rosto da garota, fazendo-a se arrepiar mesmo com a pele de Elliot coberta pela luva. O toque dele era hediondo. O rapaz deu um passo e parou atrás da garota, tocou lhe os ombros vagarosamente, deixando fixa sua presença.

- Eu quero saber dos seus pecados. – sussurrou ele, ao pé do ouvido de Sam. A garota segurou um grito estrangulado. Lilly fitava-os aterrorizada, os lábios ainda presos pela fita adesiva. – Eu quero julgá-los e fazê-la pagar por eles.

Samantha cerrou os dentes, apertando os punhos com força contra as amarras. A dor conteria, mas as palavras seguintes que saíram de seus lábios foram precisas e acertaram Elliot em cheio.

- Você não é um deus. – disse Sam. Elliot saiu rapidamente de trás dela e a segurou pelo rosto, a olhando com fúria nos olhos.

- Não! Eu sou muito mais! – rosnou ele. – Agora, me conte, Samantha, o que você fez de errado? – ele cruzou os braços a frente do corpo, avaliando-a. – Além de me desobedecer.

A garota simplesmente não conseguia mais olhá-lo. A ânsia que antes sentia subiu pela garganta, queimando suas narinas. Sem contar a dor pungente na boca do estômago.

- Não tenho nada para lhe dizer. – ofegou Sam, sentindo dificuldade em dizer algo.

- Tem. Claro que tem. – insistiu o assassino. – Por que não começamos por Noah? Me fale mais sobre ele.

Sam sentiu-se enfurecida, o corpo tremia completamente. Lilly a olhou com medo. A dor e a lembrança de Noah surgiram na mente da garota, tornando tudo mais desconfortável.

- Não há nada para dizer sobre ele.

O rapaz riu debochadamente.

- Você sente algo por ele, certo? – a garota não o respondeu, e Elliot interpretou aquilo com uma afirmação. – Pensei que estivesse com Thomas. Ouvi falar da briga entre o detetive e o Parker, por sua causa. Você está sendo bastante disputada.

Samantha rosnou para Elliot, que sorriu, e cuspiu aos seus pés. Ele a olhou com nojo.

- Não seja tão grosseira. – disse ele. O rapaz voltou-se para a mesa no canto e começou a se movimentar, pegando um frasco e um pano. – Se não vai colaborar, deixarei você mesma resolver o problema.

Elliot levou o pedaço de pano embebido por algo até o nariz e fez uma careta ao sentir o cheiro.

- Isso vai resolver. – ele se aproximou da garota e agachou a sua frente. – Vou fazê-la desejar ardentemente que eu tivesse a matado. Mas isso vai ser muito melhor. Boa sorte, Samantha.

A garota tentou se afastar, mas ele segurou a fortemente e enfiou o pedaço do pano em seu rosto. Samantha sufocou, a sensação era terrível. As narinas e a garganta da garota queimaram como fogo enquanto ela tentava respirar. Era clorofórmio. Aos poucos ela percebeu que perdia a consciência. A última coisa que viu foi os olhos castanhos tempestuosos de Elliot.

 A última coisa que viu foi os olhos castanhos tempestuosos de Elliot

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Obsessão [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora