- Eu quero tanto acabar com você, fazê-la sofrer, mas não posso. – Elliot parecia angustiado, o olhar frustrado sobre a garota. – É claro que ainda posso matá-la, mas antes quero brincar com você.
Ele se levantou e caminhou casualmente até Sam e deu um pequeno sorriso. Os dedos dele passaram pelo rosto da garota, fazendo-a se arrepiar mesmo com a pele de Elliot coberta pela luva. O toque dele era hediondo. O rapaz deu um passo e parou atrás da garota, tocou lhe os ombros vagarosamente, deixando fixa sua presença.
- Eu quero saber dos seus pecados. – sussurrou ele, ao pé do ouvido de Sam. A garota segurou um grito estrangulado. Lilly fitava-os aterrorizada, os lábios ainda presos pela fita adesiva. – Eu quero julgá-los e fazê-la pagar por eles.
Samantha cerrou os dentes, apertando os punhos com força contra as amarras. A dor conteria, mas as palavras seguintes que saíram de seus lábios foram precisas e acertaram Elliot em cheio.
- Você não é um deus. – disse Sam. Elliot saiu rapidamente de trás dela e a segurou pelo rosto, a olhando com fúria nos olhos.
- Não! Eu sou muito mais! – rosnou ele. – Agora, me conte, Samantha, o que você fez de errado? – ele cruzou os braços a frente do corpo, avaliando-a. – Além de me desobedecer.
A garota simplesmente não conseguia mais olhá-lo. A ânsia que antes sentia subiu pela garganta, queimando suas narinas. Sem contar a dor pungente na boca do estômago.
- Não tenho nada para lhe dizer. – ofegou Sam, sentindo dificuldade em dizer algo.
- Tem. Claro que tem. – insistiu o assassino. – Por que não começamos por Noah? Me fale mais sobre ele.
Sam sentiu-se enfurecida, o corpo tremia completamente. Lilly a olhou com medo. A dor e a lembrança de Noah surgiram na mente da garota, tornando tudo mais desconfortável.
- Não há nada para dizer sobre ele.
O rapaz riu debochadamente.
- Você sente algo por ele, certo? – a garota não o respondeu, e Elliot interpretou aquilo com uma afirmação. – Pensei que estivesse com Thomas. Ouvi falar da briga entre o detetive e o Parker, por sua causa. Você está sendo bastante disputada.
Samantha rosnou para Elliot, que sorriu, e cuspiu aos seus pés. Ele a olhou com nojo.
- Não seja tão grosseira. – disse ele. O rapaz voltou-se para a mesa no canto e começou a se movimentar, pegando um frasco e um pano. – Se não vai colaborar, deixarei você mesma resolver o problema.
Elliot levou o pedaço de pano embebido por algo até o nariz e fez uma careta ao sentir o cheiro.
- Isso vai resolver. – ele se aproximou da garota e agachou a sua frente. – Vou fazê-la desejar ardentemente que eu tivesse a matado. Mas isso vai ser muito melhor. Boa sorte, Samantha.
A garota tentou se afastar, mas ele segurou a fortemente e enfiou o pedaço do pano em seu rosto. Samantha sufocou, a sensação era terrível. As narinas e a garganta da garota queimaram como fogo enquanto ela tentava respirar. Era clorofórmio. Aos poucos ela percebeu que perdia a consciência. A última coisa que viu foi os olhos castanhos tempestuosos de Elliot.
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Obsessão [CONCLUÍDO]
Mystery / ThrillerObra concluída. 2º lugar na Categoria Terror do Concurso Who Is The Best? 2º lugar na Categoria Mistério/Suspense do Concurso Diamond Writers 3º lugar na Categoria Revelação do Concurso Diamond Writers Samantha Miller é uma típica adolescente de 17...