YOUR GHOST ✅

Fight again

"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."

4 ANOS ATRÁS

- Continuo não entendendo por que temos que correr. - Eu estava cansada, e fazia mais de dez minutos que estavamos correndo. - Porque a Senhorita Clementine avançou na nossa frente e você bateu nela? Ela tava sangrando, nós deveríamos ajudar. - Falei em tom mais alto, tentando acompanhar Luke em direção ao carro dele, eu tinha muitas dúvidas e ele não tinha me explicado nada até agora.

- Ta começando a se espalhar agora... Entra no carro, eu vou te explicar tudo quando te tirar da cidade. - Luke, meu irmão, disse enquanto abria a porta do carro e praticamente me empurrando lá dentro.

A alguns minutos, eu acordei com Luke invadindo meu quarto no Colégio que eu estudava/morava, gritando feito maluco falando que deveríamos sair de lá, eu achei que ele tava na faculdade dele, que por acaso, é em outra cidade.
Ah, e porque que eu estou em um reformatório? Vamos lá.
Nossa mãe morreu ano passado e foi nesse período que meu pai enlouqueceu e me jogou em um reformatório e dai sumiu, ninguém sabe sobre seu paradeiro. Meu irmão nem sabia disso e não tinha como eu ligar pra ele, juro que estou tentando entender o que ta acontecendo aqui.

- O que que ta se espalhando? Pra onde a gente vai? Você ta ficando maluco? Você bateu em uma mulher que tava sangrando, ela precisava da nossa ajuda! - Eu disse gritando enquanto ele tentava ligar o carro, ele parecia muito nervoso e assustado.
Algo lá fora me chamou atenção, tinha um garoto andando em direção ao carro, ele tava um pouco longe mas dava pra ver que ele precisava de ajuda. - Luke, aquele menino, ele precisa de ajuda.
- Não, nós que precisamos de ajuda. -Disse Luke ainda tentando ligar o carro.

Eu preciso ajudar aquele garoto, ele ta mancando, parece pedir ajuda, sua roupa está ensangüentada. Olho para Luke e sussurro um "a gente não é assim", abro a porta do carro e corro em direção ao garoto, ouvi meu irmão gritar meu nome mas eu precisava ajuda-lo.
Meus olhos foram diretamente na roupa do menino, parecia que ele tinha sido baleado mas continuava andando, quando chego mais perto vejo que seus olhos estão diferentes, ele começa a andar mais rápido em direção a mim murmurando algo que eu não consigo entender, parece que ele não consegue falar. - O que merda aconteceu com você? - Digo me afastando um pouco, mas ele continua vindo e consegue segurar meu braço, ele tenta morder meu braço, eu tento empurra-lo pra longe quando ouço um tiro, meu irmão acabou de atirar na cabeça desse... dessa coisa.

- Porque você saiu do carro, Eliza? VOCÊ QUER MORRER? - Ele diz em um tom que nunca o ouvi falar. - NÓS NÃO VAMOS CONSEGUIR AJUDAR NINGUÉM, ELE TA INFECTADO, IGUAL AQUELES. - Ele aponta a um lugar onde tinham várias coisas iguais a aquele menino andando juntas, havia uma mulher tentando entrar em um carro e aquela coisa avançou encima dela praticamente rasgando ela inteira. Nesse momento, eu acho que eu já tinha entendido do que se tratava.

***

Nós havíamos entrado em uma rua que eu nunca tinha visto antes, provavelmente já estavamos fora da cidade, eu permaneci calada a viagem toda mas eu merecia e exigia explicações.

- Ta bom. - ele para o carro e respira fundo. - Chegamos. - Ele sai do carro e eu também.

Paramos em frente a uma casa simples, com algumas cercas ao redor, sem nenhuma casa vizinha, parecia ser longe de qualquer lugar. Entramos na casa, tinham duas poltronas no primeiro cômodo e alguns livros(que mais tarde iriam ser de muita utilidade), parecia ter poucos cômodos, eu diria no máximo três, uma sala, um banheiro e um quarto.

- Meu plano era ter vindo antes, a faculdade foi invadida e quem saiu de lá vivo foi tentar encontrar a família, eu fui em casa e não encontrei você e nem o pai, eu pensei que vocês também estavam... - Ele respira fundo e continua. - Eu só encontrei umas bebidas no tapete, tinha muita poeira em casa, eu achei uns documentos com o nome do seu Colégio, eu nem sabia se você tava la mesmo, mas eu precisava ver, e graças a Deus, você tava.

- Depois que nossa mãe morreu e você voltou pra Clarkston, ele me chutou naquele reformatório e sumiu, não tenho ideia de onde ele possa estar. Mas agora, por favor, Luke, me explica o que merda ta acontecendo. - Falo quase surtando, eu estava calma por fora, mas eu queria muito entender tudo isso que tava acontecendo.

- Os mortos estão voltando.

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ATUALMENTE

- Eu preciso tomar banho, eu preciso deitar mas é deitar em uma cama de verdade e não no chão, e não usando um livro como travesseiro. - Coloco meu cabelo pra trás, eu to com muito calor e com muita fome - Nunca imaginei que ia dormir em uma biblioteca. - Acrescento dando uma risadinha e levantando. - Luke? - Chamo pelo meu irmão, mas ninguém responde.
Passo as mãos pelos meus olhos e decido ir la fora.

- Parada ai. - Um menino que aparenta ter a minha idade aponta uma arma pra minha cabeça. Ele usa um chapéu de Xerife, e um de seus olhos tem um curativo, tipo um tapa olho, o cabelo um pouco acima dos ombros. Ele parece tão arrumado pra quem vive no fim do mundo.
- Cadê o meu irmão? - Eu paro olhando diretamente em seu olho.
- Carl! - Um homem mais velho com uma roupa de Xerife aparece chamando, aparentemente, o menino na minha frente. - Abaixa a arma.
- Você ouviu o xerife mais velho, abaixa a arma! - Não faço ideia de porque eu falei isso, se esse menino tivesse em um dia ruim, ele atiraria em mim sem hesitar.
Felizmente ele abaixou a arma. - Ela ta procurando pelo irmão.
-Tudo bem, a quanto tempo você não ver o seu...- Quando o homem ia terminar de falar, Luke aparece atrás dele com uma faca em seu pescoço.
- Não. Eles são boas pessoas. - Digo antes que meu irmão corte a garganta desse homem.

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Oi, leitores. Como vocês devem ter percebido, no primeiro capítulo vocês conhecem os irmãos Dorsey, mas nos outros capítulos veremos mais Carl, Rick e o grupo.
Nessa fanfic, vai ter algumas coisas da série e outras diferentes, vou colocar algo a mais e as vezes retirar. A fanfic se passa apos o episódio 9 da 6° temporada.