You Helped, I also want to help you.

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Daryl voltou até a cela de Lydia, eu fui com ele, lá, ele começa a fazer perguntas para ela. Lydia pede água e quando ele se aproxima ela tenta agarrá-lo. Ele agarra o braço dela e puxa sua manga, revelando uma série de marcas de corte, quando soltou, a menina recuou no canto.

— O que foi isso? - Daryl perguntou mas a menina não respondeu. — Sua mãe te bate?

— Ela faz isso pra me deixar mais forte. - A menina respondeu.

— Vocês estão aqui a quanto tempo? - Perguntei.

— A pouco tempo.

— A três anos atrás, um de vocês atirou no meu amigo, como podem estar a pouco tempo? - Me aproximei da cela fechada.

— Eu não sei. - Ela me respondeu com um olhar de raiva.

— Garota, sua mãe te espanca, porque defende ela? - Perguntei.

— Não te interessa.

Eu ia dizer algo, mas minha resposta foi interrompida por um baita enjoo.
Segurei a mão na boca e corri para fora do porão, enquanto sentia a ânsia subir pela minha garganta. Só tive tempo de me abaixar um pouco e pôr pra fora o que eu havia comido mais cedo.

— Ei, você ta bem? - Daryl saiu do porão.

— Sim, não se preocupe, termina lá, eu vou... vou deitar.

Daryl entrou novamente.

🍂

Eu não ia deitar, eu quero ir até a cidade.
Peguei minha arma e uma garrafa d'água, ninguém me viu saindo e nem quando pulei o muro, pelo menos foi o que eu pensava.

  — Ei!

Rapidamente peguei minha arma e me virei, mas quem estava parada ali não era nenhuma ameaça, era somente Enid.

— O que foi? - Perguntei começando a caminhar de novo.

— Aonde vai?

Eu gostava de Enid, mas isso não é da conta dela, eu não precisava contar para onde eu iria.

— Ahn... Por que você quer saber?

— Eu vou com você. - Ela sorriu e ficou do meu lado.

— Não precisa, Enid. Agradeço, mas não precisa.

Ela colocou a mão no meu ombro e parou de andar, fiz o mesmo e a olhei confusa.

— Eu vi você vomitando, duas vezes, ontem e hoje. - Ela disse.

Sim, eu tinha alguns enjoos a três dias, eu estava preocupada. Podia ser, ou não podia ser.

— Idai? - Falei.

— Você acha que está grávida, não acha?

— Eu posso me cuidar.

— Você vai atrás de um teste, não é?

— Enid, me deixa. - Sai caminhando na frente.

— Você contou ao Carl?

Imediatamente eu voltei ficando cara a cara com ela.

— Isso não é da sua conta, eu vou até a cidade e você vai voltar para Hilltop e não vai dizer nada a ninguém.

Disse e continuei caminhando, o que não funcionou, pois ela continuou atrás de mim.

— Você se lembra no dia que foram levar a Maggie até Hilltop? Você me prendeu em um armário, mesmo eu não querendo, o que era obvio. - Consegui ouvir a risada dela. — Dessa maneira você me ajudou, se eu tivesse ido com vocês aquele dia, no lugar do Abraham poderia ter sido eu.

Suspirei pesadamente, eu odeio me lembrar desse dia, eu odeio me lembrar desse Negan.

— Você não quer que eu vá com você até a cidade, mas eu irei mesmo assim. - Enid continuou. — Não sabemos o que pode ter lá, mas eu estou disposta a ajudar.

— Você sabe que... — Eu ia falar, mas ela me interrompeu.

— Nada do que você disser vai impedir isso.

Desisti, Enid vai comigo, já que nada do que eu disser vai impedir isso.
O caminho foi tranqüilo, mas depois ouvimos alguém cavalgando e nos escondemos atrás de duas árvores.

— Eliza? Enid?
Era a voz do Aaron, saímos e fomos até ele, falei que achamos que poderia ser outra pessoa, por isso nos escondemos.

— Estou indo a Hilltop para a reunião que vai ter hoje, lá atrás vem o Rick e a Michonne, sabem se o pessoal do Reino já chegou? - Aaron perguntou.

— Ah, não sabemos.

— Para onde vão?

— Nós voltamos logo, vamos até a cidade. - Falei.

— Fazer o que? - Ele perguntou.

— Ahn... tentar... arrumar suprimentos, essas coisas. - Sorri tentando disfarçar.

— Você ta mentindo. - Aaron falou. — Eu conheço você. Pra onde vocês estão indo, Enid?

— Nós vamos a farmácia. - Não acredito que Enid vai contar. — Eliza acha que está doente.

— Você ta um pouco amarela mesmo - Aaron olhou pro meu rosto.

— Poxa, Aaron.

— Vou com vocês. - Ele falou. — Aquelas pessoas das peles podem está por ai.

Insisti pra que ele não fosse, até que ele desistiu, pediu pra que Enid e eu tomassemos cuidado e nós continuamos a caminhada.

🍂

Encontramos um carro e Enid dirigiu até a cidade, paramos o carro na esquina de uma rua. Encontramos uma farmácia e bati na porta para vê se algum errante aparecia, nada aconteceu, adentrei na farmácia, sendo seguida por Enid.
— Pega mais de um, pra ter certeza.

Enid falou procurando alguns remédios enquanto eu pegava alguns testes e colocava na minha bolsa de lado.

— É bom você levar camisinha também. - Ela sorriu jogando uma caixa de preservativos em cima de mim.

— Idiota. - Falei. — Você acha que eu não sei que você está com o Alden, não é? Leva você.

— Tem razão, a gente divide a caixa.

— Nossa, você ta mesmo dormindo com o Alden? - Praticamente gritei dentro da farmácia.

Ela sorriu como resposta, a resposta com certeza era sim. Ela colocou alguns remédios dentro de sua bolsa e eu peguei o que precisava. Apesar de essa farmácia não ter muitos remédios, era suficiente.
Ao sairmos, vimos um bando na esquina, no lugar onde estacionamos o carro, para não correr risco, nós fomos pelo outro lado de pé, iríamos encontrar outro carro, foi o que eu pensei, mas tivemos que correr, pois outra horda se encontrou com a de antes e se juntaram.
Não tivemos tempo de pegar nenhum carro, adentramos na floresta a pé, por outro caminho. Não íamos conseguir fugir dos errantes, a floresta foi nossa única opção.

— Tem dois caminhantes ali na frente, mas a gente da um jeito.

Enid disse, tinham dois errantes na frente mesmo.
Corremos para passar por eles, mas de repente, vários outros apareceram e nós viramos para voltar, quando uma outra apareceu na nossa frente, mas ela segurava uma espingarda. Não era um errante, era uma dos mascarados.
Nós paramos e quando olhamos para trás, todos os outros também tinham facas nas mãos. Estávamos cercadas por vários mascarados.
Viramos novamente para a mulher a frente, que falou:

— A estrada termina aqui.

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