Holy Shit

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Eliza Dorsey

Se passaram alguns dias desde o jantar, as coisas estavam voltando ao normal, apesar das mortes que aconteceram e das brigas que andam acontecendo, Alexandria parecia um bom lugar no momento. Outra coisa boa era que cada vez menos nós víamos mortos vivos ao redor da comunidade.

Eu estava um pouco cansada, mas mesmo assim continuei ajudando Judith e Manoela. Hoje mais cedo, depois que Carl foi vigiar, Judith e Manoela foram até a cozinha, pedir minha ajuda para "transformar" o quarto de Judi no quarto de Judi e Manu, Gracie havia falado que Aaron tinha uma cama de solteiro que ninguém usa na casa dele e a gente foi lá e Aaron me ajudou a trazer a cama, arrumamos o quarto e até pintamos de rosa e branco.
Eu e as meninas estavamos todas sujas de tinta, o que era até engraçado, mas o mais engraçado mesmo foi ver a reação do Rick quando viu a gente assim, e imediatamente mandou Judith tomar banho.

— Eu achei que ficou muito bom. - Manoela diz olhando todo o ambiente da porta do quarto.
— Eu concordo. Sou uma ótima pintora, você não acha?! - Pergunto ao me juntar a ela, olhando todo o quarto.
— Então eu e a Judith somos suas assistentes. - Ela sorriu. — Mamãe nunca me deixou pintar meu quarto, acho que ela faria a mesma coisa que o Rick.
— As mães são assim, mas depois que sua visse seu trabalho, iria sentir orgulho. - Passo as mãos pelos cabelos dela, os bagunçando e saindo, quando dou de cara com Carl.

— Você ta completamente suja de tinta. - Ele diz e começa a sorrir.
— To sabendo. - Retribui o sorriso.
Carl franziu a testa e se aproximou da porta do quarto, logo dando uma olhada.
— Olha só... eu gostei. - Carl fala. — Você vai dormir nesse quarto agora, Manoela?
E a garotinha assente.
— Agora nós temos o quarto só pra nós dois novamente. - Digo.
— Sim... espera... o que?! - Carl se atrapalha todo, o que foi bastante engraçado. Apenas sorri e fui em direção ao banheiro, ver se Judith já havia terminado. — Eliza, o que você quis dizer com isso?! - Ouvi de Carl, mas ignorei e continuei rindo.

Mais tarde, fui até a enfermaria, já que hoje é o dia em que Iana e Davi vão voltar para o Bunker. Assim que entrei, vi Carl conversando com eles sobre uma tal fábrica e dinamites, Iana falou que guarda as dinamites longe do Bunker para não haver chances de uma possível explosão. Inteligente.

Nesses últimos três dias as únicas coisas que eu fiz foi ficar de vigia, fazer rondas aqui dentro da comunidade e ajudar as crianças. Negan pediu pra que eu não ficasse saindo de Alexandria sozinha e nem se eu quisesse Rick deixaria, então quando eu não estava fazendo nenhuma dessas três coisas eu estava lendo.

Eu estava na frente do portão principal. Daryl havia saído para Hilltop ontem de noite e eu estava o esperando ja que já era pra ele ter voltado, até alguém interromper meus pensamentos bem atrás de mim.

— É açucarado, como você gosta. - Carl me entrava uma xícara de café.
— Obrigada. - Falo antes de pôr a xícara na boca.
— Então... - Carl começa. Eu sabia que tinha coisa. — Quando você disse "agora nós temos o quarto para nós dois novamente" o que quis dizer?
— Carl, esquece isso, certo?! Ta tudo bem entre a gente, finge que isso nunca aconteceu e vamos recomeçar.
— Ta certo. Ok. Você quem manda. - Carl balançou a cabeça positivamente e ficou do meu lado.

Alguns minutos se passam enquanto o silêncio crescia entre mim e Carl, até ele falar:
— Eliza. - Eu o olho. — Se... É apenas um se... Se eu te pedisse...
Mas Carl é interrompido por Rick gritando meu nome e depois o dele.

— Venham aqui! - Grita Rick e nós vamos em seu encontro. — Por acaso vocês viram a... irmã do Josh ?
— Eu não a vejo tem mais de um dia. - Respondo.
— Eu também não a vi. - Responde Carl.
— Ela deve ter fugido. - Rick suspira.
— Deve ter si... ah não, merda. - Carl sussurra.
— O que foi?
— Hoje mais cedo, antes de Iana e Davi irem embora, estávamos falando sobre a fábrica onde o pessoal do Bunker guarda as dinamites e TNT, se a Amber encontra-las, ela pode acabar com metade ou mais da comunidade.

🍂

Rick pediu para alguns pessoas se reunirem na casa de reuniões, onde ele falou sobre o perigo se Amber encontrar aquelas dinamites. A maioria concordou em ir até a fábrica e outras iriam procurar Amber. Eu sinceramente, não queria ir, mas eu preciso ajudar o pessoal. Rick separou o pessoal em dupla, e como esperado, me mandou ir com Carl.

Quando entramos na floresta, um caminhante quase conseguiu me morder, foi por pouco, mas Carl acabou com o desgraçado. E desde então, Carl anda com uma mão na arma que a qualquer momento ele pode tirar no coldre e segura uma faca com a outra mão. Ele matou todos os walkers que encontramos pelo caminho, não foram muitos, mas foram o suficiente pra eu ver que Carl estava muito estranho. Ele anda na frente e de um em um minuto me olha, provavelmente pra ver se eu não corro nenhum perigo. Eu não gosto de ser a donzela a ser salva, mas é dessa maneira que ele ta me tratando, no começo foi legal, mas não to mais gostando disso.

— Você vai me dizer o que ta acontecendo? - Pergunto e ele me olha.
— Não ta acontecendo nada, por que?
— Você ta agindo estranho.
— Foi porque eu não te deixei matar nenhum walker?
— Talvez. - Reviro os olhos. — Parece que você tem medo que eu me machuque.
— Mas eu tenho. - Ele volta à andar.
— Você sabe que eu consigo matar walkers, não sabe?
— Eu sei, eu só acho que não precisa.

Suspiro e vou até ele, o puxando pelo braço, o que o faz virar e me olhar.
— É serio, Carl. O que ta acontecendo? - Parei perto do barranco que havia por ali.

— Eu sou uma pessoa sortuda.
— O que?
— Pensa comigo... quando você apareceu na minha vida eu tava todo ferrado, eu descontei tanta coisa em você e você me perdoou e me ajudou, depois você sumiu e eu achei que você tava morta, dai você voltou e me perdoou novamente pela merda que eu fiz. - Carl olhou para o lado e depois voltou a me olhar. — Eu sou todo ferrado e você ainda ta aqui comigo, se algo acontecer com você e eu não fizer nada pra impedir, eu...eu... nem sei como eu faço pra sobreviver.
— Então é por isso que você ta tentando me proteger dos walkers? Ta com medo que eu me machuque?
— Exatamente, Eliza. - Carl mordeu os próprios lábios. — Eu te amo muito, eu te amo tanto que eu não vou me perdoar se eu deixar algo te acontecer.
— Carl... nada me aconteceu, nada vai me acontecer, ta bom?

Foi como se eu precisasse fazer isso, ele parecia tão mal que minha mão foi por si só até seu rosto. Ele colocou sua mão por cima da minha e sorriu quando fechou seu olho, como se aquele fosse o toque que ele precisava.

Mas como nada dura muito, em menos de um segundo, um grupo de walker saiu do meio das árvores que haviam a uns dois metros dali e pulou em cima da gente. Carl pegou sua faca e caminhou até os walkers, eu fiz a mesma coisa, mas eram muitos e acabaram empurrando a gente, e como resultado, nós dois e o grupo de walkers caímos do barranco.




Depois desse trailer da nova temporada eu só tenho uma coisa a dizer sobre o Ricardo... uma vez corno, sempre corno...

Iae personas... o que estão achando da fic?

Deixem seu voto que isso me anima demais, muito obrigada por tudo e até mais. ❤️

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