— Desculpa, claro que eu não deveria falar disso agora.
— Não, tudo bem... - Ele suspirou. — A gente tava numa ronda, igual a essa nossa, eu decidi procurar mais, mesmo ela dizendo que já estava bom, nós nos metemos em um lugar errado, tinham muitos daqueles monstros ai fora, nós corremos... nossa... corremos tanto, mas demos de cara com uma outra horda, que se juntaram, eu corri na frente, passando por alguns deles e os matando, pra que ela pudesse passar em segurança, mas eu não vi que na minha frente tinha um ferro enorme fora do lugar, eu estava correndo e só prestava atenção nos caminhantes a minha frente, quando eu estava pronto pra atacar, eu caí e acabei ficando preso nesse ferro, ele atravessou minha barriga, e quando eu olhei pro lado, - Leonard passa as mãos pelos olhos antes que chorasse. — Ela gritou, pois foi atacada, eu ainda a ouço gritando... - Ele suspirou novamente. — vários deles foram pra cima dela, mesmo eu gritando pra que vinhessem pra cima de mim, eles foram pra cima dela, naquele momento, eu desisti de tudo, eu estava pronto pra morrer junto com ela, mas o Dwight apareceu, ele apareceu e me tirou dali, ele estava com uma arma e atirou nos caminhantes que iam pra cima de mim, depois entrou no meio e conseguiu me tirar dali. Eu devo minha vida a ele.
Eu não conseguia falar nada. Além do que aconteceu com a mãe e com o irmão dele, ter que ver isso com a pessoa que ele amava, deve ter sido horrível, foi horrível.
Meu único instinto foi me aproximar mais dele e passar a mão na sua bochecha, limpando suas lágrimas.Leonard sentou no colchão e levantou a camisa, mostrando uma cicatriz enorme na sua barriga, logo depois se virou e deu pra ver que nas costas tinha uma quase igual.
— Toda vez que eu olho pra isso, eu me lembro desse dia. - Ele falou.
— Você deveria lembrar que você é um sobrevivente, que você, apesar de tudo isso, ta aqui firme e forte falando sobre família, sobre as coisas boas que essa merda de mundo trouxe. Olha só você, Leonard, você é um exemplo a ser seguido.
Ele sorriu e segurou minha mão que estava no rosto dele, ele continuou me olhando, e se aproximou, logo em seguida beijou minha mão.
— Obrigado. - Ele agradeceu tentando sorrir.
Assenti e ia me virar pro outro lado, já pra dormir, mas senti as mãos de Leonard em meu rosto, logo ele se aproximou mais, os olhos dele foram de encontro com os meus, logo depois com minha boca, eu sabia o que ia acontecer ali e eu não quis impedir. Apenas deixei acontecer:
Senti seus lábios nos meus e logo dei passagem pra que sua língua se encontrasse com a minha. Eu esqueci de tudo no momento, tudo que eu passei e tudo que eu estou passando, apenas consigo me concentrar no beijo com Leonard.
espera, com Leonard?Me afastei logo que me dei conta do que acontecia ali.
— Eu... não... desculpa... eu não posso fazer isso... - Falei me afastando mais e indo pro meu colchão. — Eu tenho o Carl, desculpa, Leonard.
— Não... tudo bem... você tem razão, a culpa é minha, eu quem fui... quem tentei te beijar, ta tudo bem.
-
Narrador:
Mesmo com Eliza no outro colchão, a um pouco mais de meio metro longe do colchão de Leonard, a mulher não conseguia dormir, mas o que ela não imaginava é que Leo, que estava do seu lado, também não conseguia dormir, nem fechar os olhos.
Após minutos do beijo dos dois, o lugar ficou em um clima extremamente estranho. Os dois ouviram gotas d'água caindo no telhado da casa que estavam. Chovia, e eles sabiam que ia começar a chover forte essa noite.
— Você ta acordada? - A primeira frase depois do constrangimento, veio do homem.
— Não... é... o frio - A mulher tentou explicar, mas gaguejava. — O frio não me deixa dormir.
Ela percebeu que era uma desculpa um pouco esfarrapada pra se dá, além do mais, ela sempre gostou do frio e da chuva para dormir.
Eliza olhava para o lado aposto de Leonard, para a porta da frente, a qual estava com um sofá empressado para que nada entrasse se os dois não quisessem. Ou seja, a mulher não viu que Leonard tirava seu casaco.
— Ei. - Ele disse. — Toma.
Eliza virou-se, olhando para Leo, que estava sentado e estendia a mão com o casaco, aparentemente macio, dele.
— Não. - Ela fez um gesto negativo com a mão. — Você também deve está com frio.
— Na verdade não, a temperatura do meu corpo se ajusta a qualquer temperatura, fica tranqüila, pode vestir.
Eliza pensou por segundos e pegou o casaco das mãos do homem, sentando e colocando o casaco. Ela assentiu para o homem, sorrindo, colocou também a touca que já vinha na roupa e se deitou novamente, olhando para a porta outra vez.
Leonard, ainda olhando para Eliza, colocou os braços ao redor do corpo onde pode para se proteger do frio e se deitou. Sim, ele estava com frio. E sim, ele mentiu sobre isso por que não queria que Eliza sentisse frio.
-
Eliza Dorsey
A chuva me ajudou a dormir, eu amo dormir quando chove, e o frio tinha diminuído por causa do moletom que usei.
Abri os olhos e tomei um susto, não um susto ruim, mas... Leonard estava praticamente quase em cima de mim, estávamos muito perto mesmo. Mas ele estava dormindo todo encolhido.
Retirei o casaco e coloquei em cima dele, enquanto me levantei pra da uma olhada lá fora.Fui até a cozinha, a mochila de Leonard estava em cima da mesa, abri e comecei a mexer, procurando alguma fruta que ele pudesse ter trazido.
— Aqui. - Sussurrei pra mim mesma quando achei uma maçã.
Fui em direção a janela da cozinha, dava pra ver que a grama lá fora estava completamente molhada, formando alguns pequenos lagos de espaço em espaço.
— Poxa, eu nem estava com frio. - Ouvi a voz de Leonard.
— Não mesmo, você tava morrendo de frio.
Eu estou tão animada com minha "nova" fanfic também sobre The Walking Dead, gostaria que vocês que gostam de YG fossem dar uma chance a Inside My Eyes❤️
Ah, e se você que ta lendo souber alguém que faz umas capas daora, mandar o user dessa pessoa pra mim, obrigada.E hoje sai outro capitulo de Your Ghost, só pra deixar claro, provavelmente minutos depois que eu postar esse.
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YOUR GHOST ✅
Hayran Kurgu▓⃞⃯🍀🔮› 𝗦𝗘𝗨 𝗙𝗔𝗡𝗧𝗔𝗦𝗠𝗔 ❪ carl grimes fanfiction ❫ ᴸᵒᵛᵉ ᶜᵃⁿ ˢᵃᵛᵉ ʸᵒᵘʳ ʷᵒʳˡᵈ A população foi infectada com um vírus que faz com que as pessoas se transformem em mortos-vivos. Poucos são os humanos não infectados, entre eles Eliza...