Before the worst

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ATUALMENTE

ELIZA DORSEY

- Eliza, tenho novidades... - Luke fala me olhando.

Estávamos na RV, Rick estava dirigindo e falava com Daryl, Carol e Carl. Thomas estava mais a frente sozinho, enquanto eu e meu irmão sentados atrás.

- Então fala. - Sorrio.

- Acho que eu e Rosita estamos namorando. - Ele murmurou vindo mais pra perto de mim.

- Você parece um adolescente apaixonado. - reviro os olhos e sorrio.- Você pediu pra namorar com ela?

- Não exatamente, mas... rolou, entende?! Quando você foi ver o Carl... Nós estávamos em casa mais cedo e rolou...

- Sem detalhes, já entendi. - Digo.

- E vocês? Você e Carl Grimes? Tenho quase certeza que se gostam.- Ele pergunta e meu olhar vai rapidamente pra Carl que está conversando com seu pai.

- A gente? não sei... a gente se gosta sim... mas... - Óbvio que eu não consigo explicar isso.

- Acho que deu pra entender.

- É complicado! - Nós dois sussurramos ao mesmo tempo e rimos da situação.

(...)

- Chegamos. - Rick fala parando o trailer.

- O lugar é grande. - Thomas diz o óbvio.

- Acho melhor nós nos separarmos.- Foi Daryl quem falou dessa vez.

- E deixamos alguém aqui fora. -Rick diz.

- Eu posso ficar aqui fora. - Falei.

- Eu também fico. - Carl se pronunciou.

- Tudo bem, se virem qualquer ameaça, podem atirar. - Rick combina e nós balançamos a cabeça positivamente.

- Tomem cuidado. - Carol diz.

- Se cuida, sujinha. - Luke repete o lindo apelido que me deu e passa a mão pelo meu cabelo. - Cuida dela, Carl. - Agora ele bate de leve nas costas do Carl.

- Pode deixar. Peguem tudo que tiver la dentro. - Carl fala e o pessoal entra.

Era um lugar como uma grande fábrica, por isso a necessidade de se separarem. Luke foi com Rick, Daryl com Carol e Thomas.

Carl e eu ficamos na porta da "fábrica" ou seja lá o que isso seja. Ele não parava de bater seus pés no chão, parecia nervoso.

- Tá preocupado? - Quebro o silêncio.

- Não, é que... dificilmente saímos depois do pôr do sol pra procurar coisas. - Ele murmura ainda batendo os pés no chão.

- Daqui a pouco Alexandria entra em uma escassez. E Hilltop não ta ajudando tanto. - Digo.

- É, eu entendo. Quanto antes levarmos essas coisas que tem ai dentro pra Alexandria, melhor.

- Sim... - Concordei

- Você confia no Thomas? Digo... Não faz nem dois dias que ele voltou, pode ter falado com alguém perigoso...

- Eu sei, mas seu pai sabe o que ta fazendo...

- Tem razão.

(...)

Passaram-se poucos minutos, e um barulho de alguém caminhando por perto começou a ficar mais alto, tinha alguém vindo ao nosso encontro.

- Deve ser um errante, eu vou ver. - Digo ao Carl e pego minha arma no coldre.

- Tudo bem.

Deixo Carl na frente da porta da fábrica e vou atrás do barulho. Observo de longe, eram dois errantes andando, mas não me viram. Pensei duas vezes até ir até eles, eu poderia cuidar de dois numa boa. Me separei da fábrica e do grupo poucos metros até os mortos que agora estavam na minha frente.

- Ei, feiosos. - Chamo a atenção deles.

Os dois "rapidamente" viram e vem em passos curtos até mim.
Coloco minha arma de volta no coldre e pego minha faca.
Acerto um deles na cabeça e o deixo cair, o problema é que ele cai com minha faca cravada, o outro já estava perto o bastante para eu ter tempo de pegar minha faca, eu não posso usar a arma, então eu empurro o morto na arvore e segurando em sua nuca começo a bater sua cabeça nessa árvore.

- Pronto! - suspiro e pego minha faca.

Ouço outros passos vindo de uma floresta perto.

- Só mais um não vai fazer mal.- Digo pra mim mesma e adentro na floresta.

Não vi nenhum errante, não ainda, então andei mais um pouco, prometi a mim mesma que não iria tão longe, Carl estava me esperando e talvez o grupo já estivesse saindo.

Segui só mais um pouco e encontrei o errante, provavelmente o mesmo que tava fazendo barulho.

- Vem cá, seu monte de merda. - Digo tentando fazer barulho pra o errante vir em minha direção.
E ele vem.
Levanto minha mão que estava segurando a faca pra cravar na cabeça dele, quando ouço um tiro sendo disparado no meu alvo. Alguém tinha atirado no walker a minha frente.

Eu rapidamente me virei pra trás, e vi ele... Richard, mais conhecido como o homem que abandonou sua filha quando ela mais precisava.

- Richard? - Foi a única coisa que eu consegui falar.

- Não prefere me chamar de "Papai"?- Ele diz se encostando em uma árvore.

- Você... ta vivo. - Finalmente consegui agir pegando minha arma. - O que você quer?

- Eu? Nada, só vim dar um "oi".- Ele diz e eu não consigo falar nada. - Não vai dar um abraço no seu pai?

- Você não é meu pai...

- Fala sério, Eliza. Você ta com raiva de mim porque eu te deixei naquele Colégio? Eu precisava de um tempo, filha. Eu sofri pela morte da sua mãe.

- Eu também sofri.

Eu estava bastante assustada, eu não sei quem ele é agora, esse mundo mudou todos e com certeza a ele também.

- Sabe... eu te encontrei por acaso, faz alguns dias que ando te vigiando... mas já que te encontrei aqui e agora, nós poderíamos ir embora. Você me perdoa e nós seguimos a vida, eu e você juntos. Daria um belo filme, Eliza e Richard contra o apocalipse. - Ele fala e sorrir como se isso fosse algo normal.

- Você é perturbado!

- Talvez... mas diz, você vai aceitar?

- Não. - Falo e me viro pra ir embora.

- Jamais vire as costas pra mim.- Ele fala e começa a atirar.

Quando Richard começou a atirar, eu comecei a correr. Ele tinha mesmo ficado maluco, deveria ter atirado nele quando pude.

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