Accident

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O barulho do primeiro caminhão que Eliza entrou e ligou, era extremamente alto e potente, afinal, qual era o tamanho dos sons automotivos?

Rick e Daryl que estavam fora tomaram um grande susto.
— O que porra... - Daryl disse correndo até a cabine do caminhão. — Desliga essa merda, Dorsey! - Ele gritou também entrando na cabine e desligando tudo, o caminhão e as caixas.

Logo, Daryl e Eliza saíram de dentro da cabine.

— Que merda foi essa? - Rick perguntou.

— Foi sem querer... - Eliza explicou.

— Como porra você liga as caixas de um caminhão automotivo sem querer? - Daryl perguntou, mas foi ignorado.

— Vamos sair logo daqui. - Rick disse. — Antes que isso fique cheio de walkers.

Rick dirigia rápido, os três queriam chegar o quanto antes na cidade.

Eliza ainda morria de raiva do Carl, mas não queria que ele se machucasse, apesar de ter desejado sua morte. Se ele fosse morrer, seria pelas mãos dela.
A Dorsey também pensava em como, depois de tanto tempo, aqueles caminhões ainda funcionavam? Devem ser de alguém.


Carl dirigiu até a cidade, não capotou e nem bateu o carro, era um milagre.
O Grimes já estava dentro da loja de vidros, já havia passado pela loja de ferramenta e tinha pegado algumas coisas.
Só tinha cruzado com cinco errantes ao longo da viagem, matou todos, fora os que estavam congelados.

Por um momento, ele pensou que Aaron estava errado, que talvez hoje nem houvesse tempestade... mas foi quando esse pensamento passou pela sua cabeça, que os ventos começaram a ficar bem mais fortes.

Carl não iria levar vidros para Alexandria, afinal, sozinho não iria conseguir, mas já que ele passou na loja de ferramentas, ele veio olhar se havia bons vidros na vidraçaria, assim, ele poderia voltar para Alexandria e pedir para algumas pessoas vir com ele na próxima.
Na verdade, ele só queria caminhar, ficar sozinho, pôr a cabeça no lugar, parar de pensar coisas inúteis, parar de se sentir um lixo...

Carl saiu para fora da vidraçaria, mas o vento estava forte demais, era melhor ficar lá dentro e esperar passar, foi o que ele fez.

Ele já tinha andado por toda a vidraçaria - que também era uma casa. O garoto/homem sabia que não tinha nenhuma ameaça lá dentro, então acabou sentando na cadeira que tinha na recepção. Apesar de estar com várias roupas e casaco, luvas, touca, ainda sentia frio, então ele colocou sua mochila em seu colo e a abraçou se encolhendo em seus próprios braços.

Eliza, Rick e Daryl decidiram passar primeiro na loja de vidros antes da de ferramentas, e acertaram em cheio. A porta estava fechada, mas enxergaram alguém sentado e dormindo na cadeira da recepção. Daryl abriu rapidamente a porta, fazendo Carl acordar e levantar, jogando a mochila de lado e indo até os três. Rick fechou a porta e caminhou até o filho.

— Porque não me avisou? - Ele disse.- Você se machucou?

— Não, pai. Eu to bem.

— Certeza? Porque não pediu que alguém viesse junto? Ou então nem viria, Aaron te avisou.

Carl não olhava para seu pai, ele olhava para Eliza, mas ouvia tudo que Rick falava.

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