You are part of the family/ Maggie Pregnant

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"Portas fechadas, trancadas, sem chaves... Mantendo meus sentimentos escondidos, isso não é fácil. Embora eu esteja sempre triste, eu nunca poderia te contar que estou quebrando lentamente."
- Mxmtoon, Feelings are fatal.

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2 SEMANAS DEPOIS:

CARL GRIMES

Nessas duas últimas semanas as coisas estavam sendo difícil; Eliza não falava muito, mesmo eu tentando falar sobre qualquer assunto ela respondia vagamente, na maioria das vezes só ficávamos abraçados sem falar nada; e Alexandria estava entrando em escassez, a comida já estava acabando e não achávamos nada lá fora, a fábrica que encontramos um tempo atrás serviu, até certo ponto.

A pessoa com quem Eliza mais conversava era Rosita, dava pra compreender, as duas estão de luto pela mesma pessoa. Ela também fala muito com Maggie, as duas se entendiam.

Michonne chamou Eliza para ficar aqui na nossa casa, dormir... morar aqui. Eliza não sabe que eu sei, mas todas as madrugadas, ela acorda e sai pela janela do quarto dela pra ficar no nosso telhado ou vai a nossa varanda pensar, com quase certeza, no irmão.

- Carl? — Era meu pai, ele tinha acabado de entrar no meu quarto, sem bater novamente.

- Oi. — Respondo tirando o lençol de cima de mim.

- Eliza está lá em cima de novo. — Ele fala. — Sabe a quanto tempo?

- Desde a madrugada de novo.

Quase todos os dias meu pai entrava no meu quarto com o mesmo assunto, " Já é manhã, e ela ta lá desde a madrugada?", pois é, Eliza não dorme. E ela acha que a gente não sabe.

- Você deveria falar com ela. — Meu pai diz.

- E dizer o que? " Então, Eliza, eu sei que o seu irmão morreu e você não consegue dormir, mas meu pai se incomoda de você todos os dias no nosso telhado, poderia parar?", digo isso? — Pergunto a ele dando de o ombros.

- Não isso, Carl. Mas se você conversar com ela, ela vai entender. — Ele fala e sai deixando a porta aberta de novo.

(...)

- Vai chamar a Eliza pra tomar café. — A Michonne fala quando terminou de pôr a mesa.

- Vou lá.

Passei pelo quarto dela, era a única opção pra poder chegar ate a janela que levava ao lugar do telhado que ela tava.

- Eliza?

- Sim. — Ela responde ainda olhando pra frente.

- Vamos comer?

- Vai na frente.

Sabia que se eu não esperasse ou insistisse ela não iria. Praticamente, Michonne e eu a lembrava de comer.
Então se não pode com ela, se junte a ela. Decidi ir pro telhado também, e sentei do seu lado.

- Deveríamos economizar. Os alexandrinos não sabem fazer isso.—Ela finalmente falou uma frase com mais de três palavras.

- Como assim? — Pergunto.

- Eu sei que a gente não tem mais comida, e era previsto, mas os alexandrinos não ligam pra isso, pôr que somos nós que vamos buscar suprimentos e acabamos morrendo. —Ela continuava olhando o céu.

- Nós temos que ajuda-los. Somos assim. — Tento amenizar a situação.

- A verdade é que os fortes ajudam os fracos, mas no final os fortes morrem, é o que será dos fracos? Diz Carl, quando você e sua família morrer, o que será dos alexandrinos? — Ela me olhou quando terminou.

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