2 Dias depois:
Em Alexandria tudo estava normal, Carl e eu conversarmos todos os dias, o que mudou foi que tinha alguém disputando a sua atenção, Enid queria porque queria ter a atenção de Carl toda pra ela. Eu jamais proibi Carl de conversar com ela- até por que eu não tenho esse direito-, ele quem falou que estava chateado com ela por ter fugido.
- Bom dia, flor do dia. Como você ta, hein sujinha? - Luke estava na porta do meu quarto segurando uma bandeja com meu café da manhã.
- Hãn?- Digo esfregando os olhos.- Luke? é você? Você foi abduzido?
- Qualé, Eliza. Fiz um cafézinho pra minha irmã, só isso. - Ele senta na minha cama e colocando a bandeja em cima de um criado mudo que tem do lado.
- Então, obrigada. Eu acho. - Falo pegando uma torrada e o copo com algum suco que ainda não sabia qual era. - Isso é suco de que?
- Só bebe.
- Parece maracujá.
- É maracujá, criatura. - Ele diz revirando os olhos e rindo.
- Ah... Ta, mas me fala... você tá querendo algo? - Falo dando uma mordida na torrada.
- Não, quer dizer, mais ou menos.- Ele fala.
- Sim...
- Eu acho que eu gosto da Rosita.
Pra falar a verdade, eu amei essa novidade, meu irmão dificilmente se apega a alguém... Com razão, na última vez que ele fez isso, teve de matar a pessoa.
- Isso é ótimo, Luke. - Coloco a torrada na bandeja. - Você tem coração, meus parabéns.
- Deixa disso. - Luke diz.
- Tá... tem mais coisa nisso ai né?
- Tem. Eu quero pedi-la em namoro.
- O que? Mas já?
- Olha o mundo em que a gente ta vivendo, se eu não fizer isso hoje, amanhã eu posso não ter mais a chance. - Ele diz, e ele tem razão.
- Eu entendo, mas ela acabou de terminar um relacionamento. Vai que ela não quer entrar em outro tão rápido.
- Ela te disse isso?
- Não.
- Então não custa tentar. Eu quero tentar algo com ela, se ela não aceitar, tudo bem... eu continuo sendo amigo dela...
- Luke, você tem certeza disso?- Pergunto
- Eu gosto dela, não te falei?! Eu sei que não tem tanto tempo que estamos aqui, mas nessas semanas eu e ela nos aproximamos tanto que eu acho que tenho chance.
- Tudo bem. Então tenta. Se for pra ser, será.
(...)
Estava saindo de casa, me sinto segura aqui em Alexandria, isso aqui é o paraíso em meio ao inferno. Fico feliz de saber que existe lugares iguais a esse.
- Olha quem tá ali. - Sussuro pra mim mesma.
Carl e Enid estavam a alguns metros de mim, Judith estava nos braços de Enid, e Carl conversando com elas, quando me viu e me chamou.- Ah... Oi. - Falo
- Oi, sou Enid.
- Oi, Eli...- Ela me interrompe.
- Eliza, sim... Carl já falou sobre você. Mas e a perna? Como ta?
- Ah... acho que ta bem. - Olho pra minha perna e depois pra ela.
Eu to ficando doida, ou ela ta forçando simpatia.Judith quando me ver, levanta as mãos pra mim, pra eu poder pega-la.
- Oi, meu amor. - Falo com aquela voz, pra Judith pegando ela nos braços.- Eu entendo como é difícil saber que lá fora tem tantos monstros enquanto você fica aqui dentro sem fazer nada.-Enid começa...
- Hein? - Eu digo com uma leve expressão de pergunta e baixando as sobrancelhas.
- Aquele dia, no jantar, seu ataque de pânico... eu entendo, medo dos mortos... é normal. Todos nós temos um lado fraco, você só mostrou ele ontem.- Ela completa.
- Enid... para.- Carl fala.
- Medo dos mortos? Você ta tentando explicar o que aconteceu naquele dia falando que eu tive ataque de pânico por causa de medo dos mortos? Você ta ouvindo o que ta falando? - Eu digo.
- Mas...- Eu a interrompo.
- Você já falou, agora é minha vez. Eu passei quatro anos lá fora, só eu e meu irmão resumindo... e você vem me dizer que eu mostrei meu lado fraco porque pela segunda vez na minha vida eu tive a merda de um ataque de pânico?- Completo.
- Eu to falando que talvez você não seja tão experiente em lidar com os mortos vivos... só isso. - Enid diz dando de ombros.
- Menina, nessa última semana eu perdi as contas de quantas pessoas eu matei, quantas pessoas eu matei pra salvar o pessoal daqui, de Alexandria, e você fala que eu não sei lidar com essas merdas dai de fora?!
- Eliza, calma. Não foi isso que...-Carl começa mas eu também o interrompi.
- Cala a boca, Grimes. - Me viro novamente pra Enid.- Enquanto EU matava pessoas pra salvar MEUS AMIGOS, você tava lá fora brincando de esconde esconde. Então fica na sua, que você não me conhece... - Entrego Judith pra Carl e começo a caminhar, mas paro e grito pra Enid.- Não confunda suas fraquezas com as minhas. - E continuo andando.
(...)
Já era a noite, pedi a Rick pra ficar no lugar de Rosita, vigiando, ele permitiu, e pelo visto Rosita estava com Luke.
- Eliza!!!- Ouço a voz do Grimes mais novo lá embaixo.
- O que é? - Falo sem tirar meus olhos da rua fora de Alexandria.
- Preciso conversar com você.
- Fale.
- Vou subir. - Ele diz já subindo. - Você tá com raiva de mim? - Ele fala quando já estava perto de mim.
- Você fez algo pra eu ficar com raiva de você? - Digo mirando em um errante que passava por perto dali fora.
- Não.
- Então porque eu ficaria com raiva?- Falo e atiro no errante.
- Por nada...- Ele também trazia uma sniper.
- O que ta fazendo? - Pergunto olhando pra ele.
- Vou vigiar com você, ué.
- Não preciso, Grimes.
- Não pedi sua permissão, Dorsey.
(...)
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YOUR GHOST ✅
Fanfiction▓⃞⃯🍀🔮› 𝗦𝗘𝗨 𝗙𝗔𝗡𝗧𝗔𝗦𝗠𝗔 ❪ carl grimes fanfiction ❫ ᴸᵒᵛᵉ ᶜᵃⁿ ˢᵃᵛᵉ ʸᵒᵘʳ ʷᵒʳˡᵈ A população foi infectada com um vírus que faz com que as pessoas se transformem em mortos-vivos. Poucos são os humanos não infectados, entre eles Eliza...