Uma fatídica noite. Um amor proibido de uma vida passada. A sede por vingança e a necessidade de salvar o mundo.
Sakura Mitsuru possuía a vida perfeita junto da sua família, amigos e namorado. Todos os seus sonhos pareciam se realizar até uma certa...
Eu estava na biblioteca lendo um livro para o projeto de química. Resmungava baixinho, sem perceber tal ato, sobre como odiava o indiano e queria bater nele até deformar o seu corpo. Era difícil controlar essa intensa raiva que percorria em minhas veias.
— Sakura-chan... — Miku murmura próximo do meu ouvido pois estava sentada ao meu lado. — Faça menos barulho...
Ergo o olhar para sua face com uma expressão confusa.
— Eu não disse nada...
— Er... Tá bem. — ela dá um sorriso forçado e respira fundo. — O que houve entre você e o Kiran? Estão mais distantes...
— Ora! Não houve nada! — exclamo irritada. A moça da biblioteca me olha com uma cara feia. Como se eu me importasse! — Eu quero ele bem longe de mim...
— Ele te magoou? — Miku pergunta curiosa, inclinando a cabeça para ver melhor o meu rosto de raiva.
— Não...
— Te bateu? — ela questiona novamente.
— Claro que não! Ele não teria essa audácia.
— Ofendeu alguém importante para você?
— Não também...
— Então, por que está tão brava com ele?
Eu abri a boca para responder com toda a raiva guardada dentro de mim mas não podia, já que não sabia o porquê estava tão irritada com o indiano. Ele apenas disse que era melhor se afastar pois me fazia mal. É inegável ele traz lembranças que eu não queria lembrar. O meu corpo todo treme de angustia quando penso no que aconteceu naquela noite. Eu fiquei paralisada olhando para o horizonte, ignorando as palavras de Miku demonstrando sua preocupação. Não sabia o que fazer, o som das barras de ferro batendo contra minha carne ecoavam em minha mente. As correntes sendo movimentadas bruscamente por mim, tentando sair daquele galpão assustador. Os meus gritos de desespero implorando para ser liberdade. É, o Kiran me lembra tudo isso. O rosto dele até é familiar olhando para um daqueles desgraçados.
— SAKURA! — berra Miku.
Saio dos meus pensamentos assustada com o susto dela.
— Shii! — exclama a bibliotecária.
— Você realmente o odeia, Sakura?
Fico olhando para os olhos expressivos de Miku, sem saber o que dizer. As palavras sumiram e não consegui encontrá-las para me expressar. Apenas abaixei a cabeça permitindo que a franja cobrisse os meus olhos.
Eu o odeio?
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— Eu não sei o que está acontecendo! — reclamo andando de um lado para outro no terraço do colégio durante o intervalo.
— Calma, Miku. — diz Yatori gentilmente. — A Sakura está passando por um momento difícil, ela mal compreende à si mesma.
— Mesmo assim, isso não faz sentido. A Sakura disse que odeia o Kiran mas eu não consigo acreditar. O olhar dela estava tão triste, como se ficar longe dele fosse algo ruim...
