Especial Dinesh Yamir: O filho perfeito

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10 de abril de 2008

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10 de abril de 2008. Déli, Índia.

Eu avanço o mais rápido possível o ritmo dos meus quadris, respirando pesadamente enquanto ambas as mãos estavam apoiadas na cama. Meu olhar vai para a bela mulher de cabelos curtos e escuros, dona de uma beleza inimaginável e olhos castanhos cativantes. A sua pele morena entrava em contraste com os lábios tingidos pelo batom vermelho. Shanti Rahaman é a mulher mais perfeita do mundo e, mesmo estando em um momento íntimo com ela no meu quarto, não posso deixar a gratidão de lado por ter conhecido alguém tão incrível.

Quando eu vivia nas brigas de rua, evitava ir para casa pois receberia uma bronca dos meus pais. Então, ficava sentado no banco da praça admirando a paisagem e pensando em alguma forma de esconder os machucados. Em uma dessas noites, eu a encontrei passeando com o seu irmão mais velho, Ravi Rahaman, e os dois me ajudaram com os ferimentos. Shanti, desde então, virou uma grande amiga e não demorou muito para que nos apaixonássemos. Eu sempre fui direto em minhas decisões, por isso não tardei em pedi-la em namoro e atualmente comemoramos dois anos juntos. Aqui, na Índia, é um tempo longo para namorar e nossos pais já esperam que o casamento saía o mais rápido possível.

O nosso gemido sincronizado indicou o ápice do sexo e jogo o meu corpo para o lado, observando Shanti ofegante e com as bochechas coradas. Ela é tão linda! Deve ser alguma deusa! A mulher nota o meu olhar, virando-se em minha direção e sorrindo.

— Você parece um bobo apaixonado, Dinesh.

— Porque eu sou. — respondo acariciando o seu rosto. — Eu te amo.

— Eu também te amo.

Ela encolhe-se no nosso caloroso abraço, escondendo o rosto em meu peito e eu deposito um beijo no topo da sua cabeça. Sem a Shanti, seria difícil seguir em frente mas não posso tirar o crédito da minha família. Mesmo com a criação rígida, nunca faltou amor e atenção entre meus pais. Por isso, preciso compensar todo o trabalho causado sendo o filho perfeito!

Após tomar um breve banho juntos, vestimos nossas roupas o mais rápido possível antes que meus pais voltem do jantar. As nossas famílias apoiam um casamento puro e cheio de regras, mas gostamos de fazer tudo do nosso jeito. Shanti ligava para o seu irmão mais velho, pedindo para que viesse buscá-la. Enquanto a observava com um sorriso apaixonado, sinto alguém cutucar minha barriga e abaixo o olhar em direção ao meu bhai, Kiran Yamir.

Os cabelos curtos dele mal tocavam seus ombros e as orbes douradas analisava-me com curiosidade. O pequeno usava um pijama azul e coçava os olhos após um longo bocejo.

— Teve outro pesadelo, bhai? — questiono ajoelhando-me para estar na mesma altura e o garoto acena positivamente com a cabeça, sem esconder a expressão chorosa. — Não fique assim. Eu estou aqui e irei te proteger de qualquer coisa.

Kiran abraça-me com força, envolvendo os braços enquanto chorava baixinho. Era normal episódios de pesadelos frequentes no meio da noite, principalmente quando nossos pais estavam fora. Shanti olhava para a cena sorrindo e sinaliza que nos deixará sozinhos pois o irmão acabara de chegar. Então, eu mando um beijo para a morena e ela o assegura no ar, retribuindo o gesto antes de descer às escadas da casa.

Entre amor e vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora