Capítulo 62: O juramento feito naquele dia

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Devido à repentina mudança para o Japão, passei as duas semanas ajudando a mamadi com a mudança

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Devido à repentina mudança para o Japão, passei as duas semanas ajudando a mamadi com a mudança. Então, naquela manhã, acordei tarde demais para a minha caminhada matinal e optei por deixá-la para tarde.

A mamadi apareceu com a salada de fruta em uma bandeja, contente por ter conseguido cortar as frutas sem se machucar. Após repousar as respectivas tigelas na frente de nós três – eu, Maya e Dinesh – ela se sentava no canto da mesa, puxando o guardanapo para seu colo.

— Como vão as coisas na empresa?

— Vão bem, só é meio cansativo organizar toda a papelada. — Dinesh admite com um sorriso fraco. — Gostando da escola, Kiran?

— Não muito, a maioria dos alunos me olha estranho como se eu fosse algum tipo de aberração.

— As pessoas não estão acostumadas com estrangeiros, só isso. — ele diz apoiando a mão em meu ombro em forma de conforto. — Mostre para eles que você é um Yamir e nunca desiste.

— Isso mesmo! Você é único, priy. — afirma mamadi com seu típico sorriso gentil. — E não deixe ninguém te tratar como se fosse inferior à eles.

— O Kiki é incrível! — exclama Maya animada.

Ao ver o olhar de aprovação das três pessoas mais importantes em minha vida, um sorriso involuntário surge em meus lábios e aceito suas palavras de gentileza. Eu não sei o que seria de mim sem minha família, pois eles têm sido o meu apoio desde que voltei do sequestro, principalmente o Dinesh que me auxiliou com a canalização da raiva.

Após o café da manhã, o bhaya oferece-me uma carona até o colégio e acabo aceitando apesar de gostar de caminhadas. Dinesh também me ensinou a dirigir e até hoje sou grato à ele por tamanha paciência naquele época.

— Você não me parece muito animado para a aula, bhai. — comenta olhando-me de canto com um semblante preocupado. — Alguém anda fazendo bullying com você? Só me diz o nome que eu dou um soco cruzado e...

— Não, bhaya! Não é necessário usar seus golpes de Muay thai, eu sei me defender. O problema é que não consigo fazer amigos, isso é tão frustrante.

— Não deveria se preocupar tanto com esse detalhe, logo você terá amigos.

— Duvido muito.

— Kiran, você é a pessoa mais gentil e meiga que eu já conheci.

— Isso saiu estranho, Dinesh.

— Foda-se. O que quero dizer é que você é um bom rapaz, as pessoas irão se aproximar de você quando menos esperar.

Diante das palavras do meu bhaya, sinto-me mais confiante pois sei que ele é sincero. Dinesh, mesmo tornando-se cada vez mais frio com o mundo dos negócios, ainda se preocupa comigo. Depois de seguir seu caminho em direção à empresa, respiro fundo entrando no colégio com um semblante mais confiante.

Entre amor e vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora