O Reencontro

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Eles ficaram com os olhos vidrados vendo aquilo, até que um grito dado por Cátia despertou todos daquele transe momentâneo.

— Alexis, corre!

Tom sacou a arma da cintura e começou a explodir a cabeça dos primeiros s infectados que adentravam em sua casa. Derick correu para a cozinha na intenção de pegar uma faca.
Alexis começou a descer a escada, desobedecendo a ordem de sua mãe.
Virou a direita e seguiu para a cozinha junto com Derick.

— O que esta fazendo aqui? Vá se esconder — disse ele, notando a presença de sua prima enquanto revirava as gavetas.
— Preciso ajudar, não vou ficar escondida enquanto vocês são atacados.

Ela tomou a frente e abriu a gaveta correta, onde ficavam as facas.
Cada um se armou e após isso voltaram para a sala. Na rua, outro pequeno grupo de infectados foi atraido pelo som dos tiros e Tom havia acabado de ficar sem munição.

— Filhos da puta — ele pegou uma vassoura que estava encostada na parede e usou o joelho para partir o cabo ao meio, forjando duas lanças improvisadas. Usou uma delas para atravessar o olho direito de uma mulher moribunda que aproximava-se da porta.

Tom jogou a outra metade para Cátia e ambos saíram para a rua, contendo os mortos que apareciam pela frente. Apesar de estarem em desvantagem seria moleza matar todas aquelas pessoas deformadas e lerdas.
Alexis e Derick também saíram da casa e foram para o centro da rua, mas não tinham muito o que fazer já que Tom e Cátia estavam agindo rápido como assassinos profissionais.

— Eles estão me dando medo — mencionou Derick.
— Não precisa se preocupar, eles são lerdos demais para conseguir nos encurralar.
— Eu não estava falando das criaturas e sim dos seus pais.

Cátia derrubou o ultimo infectado do lado esquerdo da rua e se juntou a Tom do lado direito, por ali ainda haviam uns oito para serem detidos.

Alexis e Derick ficaram prestando atenção naquela cena, sem perceberem que dois infectados haviam aparecido no final da rua a direita e aproximavam-se rápido.

— Vamos precisar de outra porta — disse Derick.
— Sim, vamos.
— Nunca tinha visto eles tão agressivos assim a ponto de conseguir destruir uma porta.
— Talvez estejam ficando mais fortes.
— Isso é impossível.
— Por que diz isso?
— Olha só para essas aberrações, rosnando como animais e andando feito bêbados. São burras demais para... — antes que Derick pudesse terminar de falar, um dos infectados voou em suas costas e arrancou um pedaço de carne do seu pescoço, fazendo o rapaz dar um grito ensurdecedor.
— Derick! — Alexia deu uma facada certeira na cabeça da criatura enquanto Derick ficava de joelhos, pressionando a cratera em seu pescoço com as duas mãos.
Alexis viu que outro morto aprocimava-se deles, ela andou cuidadosamente até ele e quando viu uma brecha cravou a faca em seu olho. Certificou de ver se nenhuma outra criatura estava por perto e por fim voltou rápido para perto de Derick.

— Vamos lá para dentro, assim podemos fazer um curativo antes que você perca mais sangue.

Ela colocou a mão no ombro de Derick, que levantou-se lentamente e se virou para ela. Ele agora não possuía lábios e seus olhos estavam da mesma cor palida que os dos infectados.
Antes que Alexis pudesse ameaçar levantar a faca ele se jogou em sua direção a derrubando no chão.

Na queda ela deixou a faca escapar de suas mãos e sentia que ali seria o seu fim.
Derick estava descontrolado e usou o peso de seu corpo para prender Alexis. Tentou abocanhar seu rosto mas ela empurrou seu peito com muita dificuldade, mas não conseguiria conte-lo por muito tempo.
Tom e Cátia estavam tão concentrados em limpar a rua que nem perceberam o que estava acontecendo atrás deles.
Alexis não conseguia gritar já que estava sendo espremida contra o asfalto quente e não demorou muito para suas forças se esgotarem.
Tudo ficou em câmera lenta e por alguns segundos ela desviou seu olhar de Derick e fitou o belo céu azul. Enfim chegou a sua hora e naqueles últimos instantes lembrou-se de que certa vez ela e Patrick haviam ficado horas deitados no asfalto olhando para o céu em plena madrugada. Aquele havia sido um dos melhores dias da sua vida.

— Eu te amo bebê. Eu te amo Patrick — foram as únicas coisas que conseguiu falar, não sabia se alguem conseguiu escuta-la mas aquilo não importava, apenas precisava dizer aquelas palavras antes de morrer.

Enfim afrouxou os braços e deixou o rosto deformado de Derick aproximar-se do seu mas antes que o infectado pudesse dar seu golpe fatal, o cano de uma arma foi posicionado em sua orelha e um único tiro espatifou toda a sua cabeça, sujando alexia de miolos e sangue

— É, eu também amo o meu bebê. E você também, um pouquinho — Disse Patrick, retirando o corpo de Derick de cima de Alexis.

Olhos CinzentosOnde histórias criam vida. Descubra agora