Sete

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Henry Holloway

Observar Austin era viciante, ela estava dormindo lindamente ao meu lado. Seus braços estavam em minha volta e sua cabeça encostada em meu peito, aquela sensação era estranha. Era confortável demais para ser sincero, ela tinha um cheiro tão bom que me fazia querer ficar mais proximo dela ainda.

Ela se remexe um pouco e lentamente abre os olhos, ao ver onde estava ela da um pulo assustada.

— Ai meu Deus, eu dormi aqui. — diz de pé com sua mão na cabeça. Cambaleando por ter levantado rápido demais.

— Bom dia para você também. — digo rindo de sua atitude.

— Eu... meu Deus, eu sinto muito Henry, você deve ter dormido tão mal. Suas pernas, eu praticamente esmaguei elas. Eu estava muito sentimental ontem e...

—  Acalme-se Austin. Respire fundo, venha em direção a cama e se sente. — digo e me ajeito tentando me sentar também, dou umas batidinhas com minhas mãos na cama pedindo para ela se sentar.

Ela se acalma e vem em minha direção.

— Agora olhe para mim. — seus olhos vem de encontro aos meus.

— Tá tudo bem, eu deixei você dormir aqui. Eu não sinto nada em minhas pernas então pode ter certeza que não me incomodou nem me esmagou, ou qualquer outra coisa que você tenha pensado. — digo soltando uma risada.

Seu olhar era de compreensão, ela dá um sorriso tímido e assente com a cabeça.

— Como você consegue estar de tão bom humor assim? — pergunta esfregando seus olhos.

— Não sei, geralmente eu não fico.

Ela para de esfregar seus olhos e agora encontra os meus, mas não fica muito tempo fazendo contato visual pois ela observa minhas pernas.

Isso me deixava incomodado, odiava que as pessoas me encarassem, mas quando se tratava de Austin Letter, eu não me importava.

Ela se ajeita na cama e tira o edredom que tapava um pouco meu corpo pra baixo.

— Posso? — diz levando seus dedos delicados até a minha canela.

Como eu queria sentir aquilo, com certeza eu iria me arrepiar. Sentir seus dedos em torno das minhas pernas deveria ser muito bom.

Sentir qualquer coisa séria bom para falar a verdade.

Afirmo com a cabeça e ela começa a tocar minha pernas. Eu estava com um calça de pijama, mas ela conseguia sentir através da calça.

Nas minhas pernas tinha varias cicatrizes  distribuída por vários lugares.  Felizmente, através de cirurgias meus ossos foram para os lugares. Mas até hoje não sentia elas.

Ela continua subindo os dedos até que para em meus joelhos.

— Nada? — me pergunta com sua testa franzida.

— Nada.

Ela continue indo mais para cima até que chega em minha coxa. Seus dedos eram delicados, não que eu esteja sentindo mas eu via. Via sua delicadeza para não machucar mesmo sabendo que não tinha como fazer isso.

Ela vai mais pra cima, chegando perto já de minha virilha.

Seguro seu braço imediatamente.

Ela se assusta e olha para minha mão onde prendi seu braço lá.

— Ai eu sinto.

Ela tentou esconder a surpresa estampada em seu rosto mas não conseguiu, Austin mudou seu olhar agora para o meu colo e aquilo não estava dando muito certo.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora