Quinze

9.5K 760 104
                                    


Austin Letter

O dia de ontem foi terrível, a briga com Henry e meus pais pesaram demais em minha cabeça. Trabalhei o dia todo e quando voltei para casa me tranquei no quarto, eu não queria ver ninguém.

Decido tomar um longo banho relaxante assim que acordo, hoje eu teria um evento beneficente para as crianças do Lar da criança Werlin.

Uma vez ao ano isso acontecia,  se juntávamos todos e se divertíamos com as crianças.

Saio do meu banho e vou para a cozinha onde vejo meu pai e minha mãe comendo. Eles estavam bastante unidos ultimamente.

— Bom dia, ou boa tarde. Fiz panquecas de almoço. — diz minha mãe abrindo o melhor sorriso que consegue.

— Você aprendeu a cozinhar? — digo arqueando uma sobrancelha.

— Eu estou tentando mudar, eu já te disse isso.— ela segura minha mão e eu a encaro.

Assinto com a cabeça e tiro minha mão da sua delicadamente.

— Você trabalha hoje? — pergunta meu pai tentando puxar assunto.

— Sim, tem um evento beneficiemos para as crianças do Lar Werlin. — olho o relógio na parede e percebo que estou atrasada. — Inclusive preciso ir, vejo vocês a noite.

Eles me mandam beijos e eu pego minhas coisas e saio não conseguindo nem comer.

Eu ainda estava com um pé atrás com eles, eu não me entregaria assim, mas por enquanto era isso que eles teriam de mim.

— Pensei que nem estava viva mais. — diz Britannie quando me vê chegando.

— Engraçadinha, meus pais voltaram. To tentando ver até quando vou ficar viva, qualquer coisa você sabe que te amo.

Ela sorri para mim e me entrega caixas.

— Mas já me explorando assim? A recém cheguei.

— Para de reclamar, você é nova. — pisca pra mim e eu pego as caixas levando pro carro.

— Lana já está com saudades de mim? — questiono-a.

— Um pouco, já quer que você vá lá jantar. — sorri pegando mais equipamentos.

— Com certeza vou. — olho para os lados, agora percebendo que minha chefe não tinha voltado ainda.— Britannie, cadê a Donna??

— Ah, esqueci de avisar você. Ela está na Itália, foi fazer uns cursos de fotografia, vai ficar um tempinho fora. — diz fechando o porta malas.

Encaro ela braba.

— E você só me conta agora? Você que vai ficar de chefe?

— Sinto muito, é que eu estou correndo muito ultimamente. Mas sim, diga oi a sua nova chefe.

Abraço ela a parabenizando.

Logo começamos a conversar no carro até que finalmente chegamos no evento.

— Vou sair daqui querendo
adotar todas, tu me segura. — digo a ela assim que já avisto algumas correndo pelo pátio.

— Você terá uma irmãzinha ou irmãozinho em breve, não cabe mais ninguém na sua casa.

Reviro os olhos pra ela.

—Nem me lembre.

O lar de criança Werlin era enorme, suas cores eram pastéis, não deixando ter vida nenhuma neste lugar.

Adentramos e encontramos a mulher que nos contratou, ela nos dá as instruções e começamos nosso trabalho.

Tinha crianças de todos os tipos, de recém nascidos até adolescentes, alguns mais abertos que outros.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora