Onze

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Austin Letter

Depois que Ryan foi embora, Henry pediu para que eu ajudasse ele a se deitar na cama.

Alcanço a ele uma calça de moletom para ele poder tirar aquele jeans, entrego e fecho a porta do banheiro esperando ele do lado de fora.

Assim que ele sai para fora, o ajudo a sentar e o ajeito na cama. Depois de alguns longos minutos de silêncio naquele quarto, eu surto.

— Você quer parar de me angustiar? Me fala logo o que ele falou, pelo amor de Deus. — sento na cama no espaço que ele havia deixado pra mim.

— Ele me fez uma proposta. — diz olhando em um ponto fixo na porta.

— Proposta? Que proposta? — pergunto confusa.

— Ele quer emprestar a equipe médica dele para me ajudar, e quando eu melhorar,  ele quer ser meu empresário e me fazer voltar a lutar.

Meu coração bateu mais rápido, eu não estava acreditando.

—Você está falando sério? E porque você não está pulando? — pergunto levantando da cama e comemorando.

Ah, ele não podia pular.

— Me desculpe Henry, não foi por mal. Você entendeu o que eu quis dizer.— digo sentando de novo e tentando me explicar.

Agora ele muda o seu olhar para mim e abre um sorriso.

— Tudo bem, o ruim disso é se eu não melhorar. Ele disse que mesmo assim me quer, serei seu parceiro e ajudarei ele a escolher outras pessoas para lutarem. Eu estarei de camarote onde eu queria estar, mas não poderei fazer nada do que eu queria. — diz abaixando seu olhar que já estava lacrimejando por conta das lágrimas.

Aí. Meu. Deus.

— Henry, não. Calma, isso é uma coisa boa. — subo na cama e puxo ele para mim me aconchegando nele. — Antes você não tinha nada, nem sonhos. Você sabe que tem mais chances de melhorar do que não melhorar. Você pode trabalhar com Ryan Filmen, estará lá no meio de tudo isso, vai ser incrível também.

— Não quero isso, as pessoas só vão ficar me olhando e...

— Que se danem as pessoas! — desfaço o abraço e encaro ele. — Elas estão cagando para você, hoje em dia é tão normal ver pessoas assim. Eles te olham, eles sempre olharam. Você já se olhou no espelho? Você é lindo, é impossível não olhar. E se você for depender do que os outros pensam pra fazer as coisas, me desculpe, mas não vai poder fazer praticamente nada.

Seu rosto não transmitia nada, nenhuma expressão. Apenas me observava profundamente.

Eu odiava quando ele usava a minha mania contra mim.

— O que foi? — pergunto com a testa franzida.

Sua mão vem até meu rosto e ele coloca uma mexa de cabelo atrás da minha orelha. Aproveitando que sua mão estava ali ele se aproxima e sussurra em meu ouvido.

— Você é maravilhosa. — ele deposita um beijo no lobolo da minha orelha. — Embora eu ainda não concorde muito com você. — desce o seu nariz sobre meu pescoço e beija delicadamente o local, me dando arrepios. — Eu precisava ouvir isso.

— O que nós somos, Austin? — pergunta agora beijando o outro lado do meu pescoço.

— Co... como? — gaguejo por falta de consciência da minha parte.

— Você entendeu. — agora ele pega meu cabelo e levanta pra cima beijando minha nuca.

— A...a.. amigos. — falo gaguejando.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora