Henry Holloway— E aí amigão. — Ryan diz assim que entra pela porta da frente de minha casa.
Levo minha cadeira até estar mais perto dele e o cumprimento.
— E aí.
Ele joga uma sacola em cima de mim acertando meu peito. Lanço à ele um olhar irritado.
— Achei que pelo menos uma nós precisaríamos. — Ryan comenta e eu arqueio uma sobrancelha à ele abrindo a sacola, percebendo que se tratava de duas latas de cerveja.
Sorrio para ele.
— Você não existe mesmo cara. — pego a minha e jogo a outra para ele.
Vou com a cadeira até a sala e ele segue meus passos, se senta confortavelmente no sofá.
— Um brinde a nossa amizade. — diz animado com a latinha levantada em minha direção.
— Um brinde a desgraça que é minha vida. — digo a ele rindo ironicamente enquanto levo isso até meus lábios.
Eu não gostava de cerveja pra falar a verdade, mas nessa altura das coisas eu não me importava com gosto.
— Não fale assim. — Ryan diz bebendo um gole e me encarando pensativo.
— Mas é a verdade, você sabe que é. — lanço um olhar à ele e o mesmo revira os olhos.
— Sua vida não é uma desgraça Henry, poderia ser bem pior.
Tomo mais um gole e coloco a latinha na mesinha ao meu lado.
— É mesmo? Você vai usar o famoso pior que tá não fica? Porque sinceramente Ryan, nós sabemos que essa afirmação é uma baita merda. — digo à ele em um tom sarcástico.
Ele resmunga e da um último gole em sua sua cerveja.
— Claro, seu bundão. Você continua bonito e podendo transar. Que vida terrível, alguém ajude o pobre Henry!— diz em tom de brincadeira, levantando as mãos em sinal de ajuda.
Sorrio para ele.
— Você me acha bonito é? — digo o provocando.
— Não tanto quanto eu, é claro, mas você até que é bonitinho. — ele pisca para mim e bate em meu ombro.
Ryan brinca com sua latinha de cerveja enquanto eu o observava. Um silêncio estranho paira entre nós por alguns minutos.
— Fale logo. — bufo irritado me afundando mais na cadeira.
Ele semicerra os olhos em confusão.
— O que?
Cruzo meus braços em cima de meu peito.
— Qual é Ryan, eu sei o porque de você estar aqui.
Ele engole em seco.
— Sabe? — diz piscando repetidamente.
Assinto com a cabeça.
— Quer quebrar o acordo.
Ele fecha os olhos e suspira, percebendo que eu já tinha notado isso.
— Henry, eu posso explicar...
— Não tem o que explicar, você não quer desperdiçar sua vida dependendo de falsas esperanças. E tudo bem por isso, você durou mais do que eu esperava, e eu fico feliz por isso, Filmen. — vou um pouco mais pra frente para encara-lo. — Você me ajudou durante todos esses meses, você foi meu único amigo em dois anos.
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Danificado
RomanceDuologia Destruicion Um acidente terrível acabou com a vida de Henry Holloway. Não teria como ser lutador, seus sonhos tiveram que ficar no passado. Não podendo mais andar, sua vida mudou drasticamente onde seus melhores amigos eram a solidão e a e...