Desseseis

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Henry Holloway

— Vocês o que? — grita Ryan deixando cair o saco de suas mãos e dando liberdade do saco vir em minha direção.

Aquilo bate na minha cara e eu vou um pouco pra trás com a cadeira e seguro meu nariz que o saco tinha acertado, felizmente nenhum hematoma.

— Desculpe aí cara. — diz meu parceiro com uma culpa visualmente estampada em seu rosto.

— Se você me derrubasse eu iria te matar. — digo em um tom mais sério por seu pequeno deslize. — Aliás, tem certeza que você é o ideal para ser meu médico? Melhor que qualquer um de sua equipe?

Ele abre sua boca mostrando que estava chocado por tal acusação.

— Para você saber eu não sou seu médico, sou seu instrutor. Já falei que eu estou aposentado então vou por todas as minha fichas em você. Eles ainda estão estudando a fundo o acidente e todas as possibilidades de melhoras em seu corpo, então apenas me aceite e pare de reclamar bundão.

Reviro meus olhos e tento ignorar aquele apelido ridículo que ele usara em mim, continuo socando o saco de boxer depois disso.

— Mas enfim, então vocês estão juntos? — ele volta a segurar o saco para mim, todo clima de tensão entre nós havia ido embora.

Sorrio ou ouvir tais palavra.

— É, pode se dizer que sim. Não vejo ela a dois dias depois daquilo mas nós estamos se falando ainda. Ela é incrível.

— Ela é, e muito melhor do que você, pode acreditar. Na real você não merece ela, com todo esse seu bom humor aí quem é que aguenta?

Fuzilo ele com meu olhar e ele se sentindo intimidado solta o saco de novo na minha cara, acertando novamente meu nariz.

— QUAL É O SEU PROBLEMA?— grito para ele irritado, certificando se meu nariz estava no lugar ou não.

— Foi mal, mas você me ameaçou. — diz segurando um riso.

— Eu não te ameacei, eu só te olhei. Afinal, o que eu poderia fazer pra te machucar? Isso não tem o menor sentido!

— Você poderia me atropelar ou sei lá, eu é que não vou ficar te dando ideia.— um silêncio se instala e ele já se pronuncia dando um passo para atrás.— Nem ouse.

Talvez ele tenha visto minhas mãos indo em direção ao braço da minha cadeira e se assustou, eu adorava torturar Ryan.

Da próxima vez eu iria conseguir o atropelar.

— Você pode me dizer quando é que vai me ensinar dicas de lutas? Ou vai simplesmente ficar me treinando assim? Eu já sei de tudo isso, não se esqueça que eu já lutei por muito tempo. — levanto minhas sobrancelhas a ele.

Dou uma pausa no saco e me afasto um pouco para poder tomar água.

— Tudo tem seu tempo, estamos apenas a uma semana nisso. — seu celular toca e ele pede um instante. — Alô? Sim. Em cima da mesa. O que você acha?! Tá, to indo. — ele solta um longo suspiro e desliga o celular.

— Foi um prazer ter a honra de sua companhia está tarde Henry, mas terei que ir embora. — pronúncia enquanto juntava suas coisas.

Sorrio para ele maliciosamente.

— Problemas no paraíso? — pergunto em um tom de deboche.

— Talvez, não tenho vergonha disso. Logo logo você terá ambém, nunca dá para fugir de brigas.

Mesmo em tom de brincadeira e de nossas provocações, eu tinha entendido o recado.

Ele termina de juntar tudo e me manda um asseno rápido com a cabeça e eu aproveito para jogar uma toalha em sua direção.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora