Vinte Seis

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Austin Letter

Não era final de semana, mas eu iria ficar na casa de Henry hoje.

Primeiro por Britannie estar devastada por terem alongado mais uma audiência antes de darem a resposta final. E segundo por estar com saudade dele, não queria deixá-lo sozinho depois dele ter descoberto que poderia fazer uma cirurgia.

Nós estávamos na sala, sentados no tapete confortavelmente peludo. Eu estava encaixada em seu peito enquanto ele estava reto escorado no sofá.

Colocamos um filme qualquer e se aconchegamos ali, eram nesses momentos mais íntimos que meu coração trasbordava de alegria por ter ele por perto.

— Eu amo você. — me viro e levanto minha cabeça para encarar seus olhos, nós dois abrimos um sorriso.

Ele leva sua boca até a minha e deposita um beijo calmo e suave.

— Ei, eu também amo você.

Suas mãos desceram por minha blusa, alcançando a bainha e levou sua mão por baixo dela, percorrendo seus dedos pelas minhas costas.

— Henry, temos que ter a capacidade de pelo menos ficar um tempo abraçado sem precisar fazer sexo. — digo a ele e ele para com sua mão.

Um sorriso travesso percorre seu rosto.

— Eu acho que passamos muito tempo da nossa vida sem, precisamos por em dia tudo isso. — ele pisca para mim e eu recuo um pouco.

— Você é um bobo. — digo entre risadas.

— Só se for por você. — diz com uma sobrancelha levantada, seu sorriso ainda presente em seu rosto.

O encaro profundamente.

— Sério? Estava ensaiando a quando tempo essa cantada? Já sei, Ryan que te ensinou não é?

Ele revira seus olhos e puxa meu braço para voltar a me encostar em seu peito.

— Pronto, assim está melhor. E pare de ficar falando o nome dele nesses momentos. É repulsivo. — eu me viro para ele e vejo sua cara de nojo quando diz isso.

— Isso é ridículo, ele é seu amigo. Se você falasse de Britannie eu não iria me importar.

— É diferente, Britannie não é um pé no saco que nem Ryan é.

Pego um pouco de pipoca no balde do nosso lado e jogo dele.

— Para de ficar desfazendo do seu amigo, foi esse pé no saco aí que conseguiu sua cirurgia tá legal?

Ele pega as pipocas caídas no chão que eu obviamente errei e põe em sua boca para comer.

— Tá, tudo bem. Talvez você tenha razão, só por causa disso eu vou deixar passar. — ele me vira de novo pra ficar contra seu peito.

— Para de ficar me virando, qual o problema de eu te encarar? — pergunto tentando me virar novamente, mas ele me segura de novo.

— Quero calor humano, sentir você aqui colada em mim. Se você se virar mais uma, vez eu juro que eu vou...

— Vai o que, ahn? — sem sair do lugar, apenas viro meu rosto para trás em sua direção.

— Vou te beijar, e confie em mim. Se eu começar não vou parar.— ele beija meu pescoço e aquilo me dá arrepios.

— Talvez não seja uma má ideia.—ele agora vai para minha orelha e morde o lóbulo dela.

Eu iria perder minha sanidade se ele não parasse.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora