Austin LetterEu beijei Henry Holloway.
Eu estava repetindo essa frase para mim mesma já fazia muitos dias, e nunca parecia o suficiente.
Eu beijei Henry Holloway, e foi maravilhoso.
Eu não podia estar mais feliz, eu não sei o que deu em mim para fazer tal ato mas eu simplesmente senti que aquilo era o certo. Beijar ele era o certo pra mim.
Eu não gostei da imagem dele me deixado, da imagem dele fazendo algo com si mesmo ou deixando pra trás sua mãe. Isso estava me atormentando um pouco, mesmo que no final ele tenha prometido para mim que não faria nada.
Eu não iludi ele como Britannie achava que eu fosse fazer, até o que eu pensei que fosse fazer, mas eu simplesmente fiz o que tive vontade.
E eu não me arrependo nada disso.
— Aqui está. Esperarei do lado de fora da porta. — digo entregando um teste de gravidez a minha mãe.
Ela se negou por um bom tempo falando que não queria fazer o teste, até que finalmente cedeu e deixou eu comprar.
Ela entra no banheiro e eu espero encostada no batente da porta.
Eu estava uma pilha de nervos, seria a hora da verdade e eu não sabia o que aconteceria se desse dois tracinhos ali. Eu estava com medo, mas eu saberia que de alguma forma a gente daria um jeito.
— Filha, acabou. — diz puxando a descarga e segurando o teste na mão.
Ela mexe aquilo varias vezes até que aparece a imagem claramente, quando finalmente consigo enxergar o que está escrito ali eu paraliso.
— Parabéns, você terá um irmão. — diz esboçando um sorriso de lado ainda encarando aquilo.
— Sério? Vocês não pensaram em usar camisinha? Mas que merda vocês estavam pensando Lívia. — digo gritando com ela.
— Vou ter que contar para o seu pai.
— Óbvio que você vai. E ele vai voltar a morar aqui e a beber, e mãe eu juro, se ele continuar bêbado e essa criança nascer eu vou pegar ela e fugir daqui. Não vou deixar meu irmão passar por isso.
Seus olhos me estudam, ela estava chatiada por minhas palavras mas eu simplesmente não conseguia esconder a minha raiva.
— Não fale assim. Não permitirei que ele beba mais.
— Mais uma boca para comer. — digo levando minhas mãos ao meu rosto e tapando meus olhos. — Sabe isso nem é o pior, o pior é você estar tomando aqueles remédio. Você poderia ter matado ela!!
Ela põe na pia o teste e se senta na tampa do vaso se apoiando em seus joelhos.
— Eu sei. — o silêncio se instala até que ela volta a falar. — Você vai me ajudar, não vai? — diz minha mãe vindo até mim e olhando em meus olhos.
Respiro fundo, era óbvio que eu não iria deixar minha mãe nessa situação.
— Claro. Eu ajudarei.
Ela me abraça e eu retribuo.
As vezes eu pensava que eu era a mais madura daquela casa, e as vezes as coisas comprovavam isso.
— Fale com ele o quanto antes. Vou ter que sair, tenho um compromisso.
— Você vai me deixar? — diz com uma carinha triste.
Ah não, gravidez trás carência. Até o final dessa gestação essa mulher iria me matar, de todos os sentidos possíveis.
— Sinto muito mas é importante. — beijo sua cabeça e saio dali. — Ficará bem?
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Danificado
RomanceDuologia Destruicion Um acidente terrível acabou com a vida de Henry Holloway. Não teria como ser lutador, seus sonhos tiveram que ficar no passado. Não podendo mais andar, sua vida mudou drasticamente onde seus melhores amigos eram a solidão e a e...