Vinte Oito

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Austin Letter

Henry não pronunciou nenhuma palavra desde que levantamos, eu conseguia sentir o nervosismo em seus olhos, mas mesmo assim dou espaço para seu silêncio.

Provavelmente todos pensaram a mesmo coisa que eu, pois no café da manhã poucas palavras foram ditas. Os pensamento sobre o exame e a ansiedade de saber as respostas estavam presentes em nosso silêncio.

Até mesmo Amber se comportou em meio à tensão.

Pegamos um táxi e se encaminhamos direto ao hospital. Chegando lá nós todos ficamos de boca aberta, o hospital era enorme, havia muitos residentes passando nos corredores e tudo era incrívelmente lindo.

Com o dinheiro que Ryan e Henry tinham, eu não duvidará que eles realmente tivessem investido tudo nesses estudos.

Eu me sentia terrivelmente feia, todas essas pessoas que estavam passando por nós era de uma beleza deslumbrante. Até a unha do pé de qualquer mulher desse hospital era mais bonita que eu inteiramente.

Meu loiro escuro sem graça nem se comparava aos cabelos loiros claros encaracolados em um coque frouxo e rostos completamente impecáveis de algumas enfermeiras e residentes.

Enquanto caminhávamos a um bom tempo no corredor da morte, cutuco o ombro de Henry.

— Se você ousar olhar para qualquer lado, eu juro mato você. — digo cochichando o mais baixo possível pra que os outros da frente não escutassem.

Pela primeira vez no dia,eu vejo ele sorrir.

— Não tem nada para se ver aqui, amor.

Ele me fazia derreter nos lugares mais impróprios possíveis quando pronunciava aquela maldita palavra, me fazia arrepiar.

— Mas, só por precaução, digo o mesmo pra você, lembrando que eu sou cadeirante e não cego. — ele diz por seus lábios irônicos e continua com um sorrisinho de canto.

Prendo meus lábios em meus dentes para soltar uma risada.

— Você não presta, Holloway.

— Eu sei, mas você também não, então nós nos merecemos.

Eu paro de andar para o intimidar  com meu olhar e com minha cara de chocada.

Ele dirige seu olhar até o meu e continua sorrindo.

— O que? É verdade, se prestássemos nós não estaríamos juntos. Isso é algo bom Austin. — ele pisca para mim e eu abro a boca para protestar mas sou impedida.

— Vocês querem deixar a DR para depois? Estamos no meio de uma coisa aqui. Mas se não é importante para vocês, então deixarei os pombinhos aí. — Ryan resmunga nos chamando para continuar caminhando,  depois ele volta a andar ao lado de Amber.

Resmungo à ele e seguro a cadeira de Henry o conduzindo pelo corredor.

— Você sabe que eu sei andar sozinho. — diz tentando travar a cadeira.

— To nem aí. — falo a ele e ele suspira, desistindo de resistir.

Depois de andarmos por mais alguns minutos e subirmos pelo elevador, nós chegamos e se sentamos para aguardar na sala de espera, pois assim que os pés de Henry entraram naquela sala, quer dizer sua cadeira, seu nome foi chamado para entrar.

Todos desejamos boa sorte e o abraçamos, mas só Ryan era permitido de entrar lá.

Nós três tivemos que optar por passear pelo hospital, eles demorariam em torno de duas horas no minuto para conversar e ter a certeza de que será possível fazer a cirurgia.

DanificadoOnde histórias criam vida. Descubra agora