• TRÊS • PEDRO

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Assim que ele grunhe as palavras entre os dentes perfeitamente brancos, puxo uma respiração profunda, fecho meus olhos e ao abri - los em seguida, lhe ofereço meu melhor sorriso

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Assim que ele grunhe as palavras entre os dentes perfeitamente brancos, puxo uma respiração profunda, fecho meus olhos e ao abri - los em seguida, lhe ofereço meu melhor sorriso. O bem aberto, que segundo minha mãe quase duvide meu rosto e me deixa radiante. É assim que vou me portar diante desse grosso. Leve, pois nem Lucas agora meu quase ex namorado, me tira tanto do sério como esse cara.

Seus ombros largos ficam retos, aperta suas mãos em punhos e posso ver sua pálpebra tremular. Soltando o ar com força, tenta forçar um sorriso que sai mais como uma careta, que acaba por estragar seu perfeito rosto. Não que eu vá algum dia dizer quão bonito ele é. Sua beleza chega a ser criminosa, assaltando o ar e compostura de quem a vê. Aquiles solta um latido feliz abanando sua calda alegremente.

Ao fundo ambos ouvimos minha família conversar alto, o que se assemelha a estarem brigando. Pois é um querendo falar mais alto que o outro. Sem minha permissão, um verdadeiro sorriso se forma em meus lábios quando penso na sorte que tenho pela família onde nasci e fui criado. Não era nada convencional, mas éramos unidos não pelo sangue apenas mas pelo amor. O sujeito que ainda não sei o nome, fica um tempo fora do normal fitando - me, aquilo começa a ficar estranho. Pigarreio sentindo - me incomodado diante de seu escrutínio. Ele pisca algumas vezes parecendo voltar para o momento presente. Os olhos azuis muito claros se tornam turvos e dou um passo para trás instintivamente.

- Então?

- Então o que?

- O que meu cão faz aqui com você? Não disse para ficar longe? - mordo minha língua para não manda - lo ir se foder como fiz ontem.

- Sabe que nem me lembro mais? - dou uma de sonso.

- Você...- bufa apontando seu dedo em minha direção quando Felipe aparece quebrando o momento de tensão.

- E aí cara! Você deve ser o André, sobrinho do tio Mikael estou certo?

- Ele mesmo. - sorri de verdade para meu irmão e me pego ansiando ver um desses sorrisos direcionados só para mim. Espanto essa linha de pensamento, tão logo ela surge. Lucas nem bem saiu de minha vida e não preciso de um grosso como esse ser a minha frente para completar o pacote. - E você é?

- Felipe Bianco Delgado! Irmão desse lindo aqui! - Felipe me dá uma chave de braço, me levando para mais perto do seu corpo. Tropeço em minhas pernas quase me engasgando com minha saliva. - Entra, que o almoço já vai ser servido.

- Obrigado! - volta sua atenção para mim, o sorriso já longe de seu rosto. - Agora, me dê meu cachorro!

- Se faz tanta questão! - digo assim que meu irmão decide me largar.

Delicadamente, o que vai contra meu humor do diabo, entrego Aquiles para ele que choraminga no processo. Sem outra palavra viro - me marchando em direção ao sala de jantar. Tia Lu me vê piscando um olho em minha direção. André chega logo depois com Felipe. Ambos conversando como se fossem amigos de infância, André coloca Aquiles no chão e Hulk não perde tempo brincando com o filhotinho fofo.

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora