• TRINTA E TRÊS • PART I - PEDRO

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Três meses haviam se passado desde nosso passeio no parque

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Três meses haviam se passado desde nosso passeio no parque. O momento íntimo que tivemos mesmo com tantas pessoas ao redor, foi reconfortante. Confirmando que sim, André está definitivamente entranhado em minha vida, coração e alma. De lá para cá, toda a oportunidade que temos saímos juntos, as vezes só nós dois ou com Ella e nossos cãezinhos energéticos. O relacionamento que temos, mesmo sem um nome aparente, tem se tornado forte e ao pensar nisso, não consigo parar o sorriso em meu rosto.

Tem Dudu que tem estado mais e mais ligado a mim, e eu a ele. Nossos momentos juntos são de puro contentamento e muitas poses quando insiste em me desenhar. Meu filho está para fazer oito anos e já paira em minha mente a ideia de lhe fazer uma festa surpresa. Quero que seja um dia de comemoração e alegria extrema onde ele somente se preocupe em ser a criança leve e alegre que é, mesmo com um passado tão complicado. Não vejo a hora de conseguir sua guarda provisória e te - lo junto a mim, André tem trabalhado nesse aspecto. O que me deixa contente.

As coisas em meu trabalho estão andando corretamente. A peça furtada finalmente foi encontrada, voltando a fazer parte de nosso acervo novamente. Tudo isso em tempo de que pudesse ser vista na exposição dois meses antes. Onde toda a minha família estava prestigiando meu trabalho. André também estava lá, o que resultou em nossa fulga logo que as luzes se apagaram. Nunca mais verei o banheiro do museu de outra forma. Fizemos bom uso dele.

Observo de lado o homem que dirige tão religiosamente o carro. Rio silenciosamente. Eu definitivamente perdi a vergonha na cara. Jogo meus braços para o ar, alegria verdadeira correndo através de mim. Um sorriso gigante pinta meus lábios, não canso de sorrir e muito menos em compartilhar minha alegria com as pessoas ao meu redor. Bato três vezes no painel do carro, seguindo religiosamente o ritmo da música dançante. André ri silenciosamente, a atenção completamente voltada para a estrada. Olho para trás observando Ella balançar com animação verdadeira, os cachos loiros estão apontando para todas as direções e constato que as presilhas que coloquei nos fios mais cedo, já se perderam.

- Canta comigo André!

- Nunca!

- Ah, por que?

- Não tenho talento para isso!

- Como pode saber? Já tentou em algum momento?

- Não!

- Essa é sua hora!  - lhe pisco um olho.

Ele fecha seus lábios firmemente, os olhos no entanto brilhando em divertimento. Os cabelos cortados rente a cabeça brilham a luz do dia. Os braços parecem maiores cada vez mais e tem as mãos. Santas e maravilhosas mãos, uma imagem protagonizada por nós duas noites atrás, surge inesperadamente em minha mente. Me lembrando do que ele é capaz de fazer com seus dedos.

- Está pensando no que fizemos duas noites atrás!

- Como sabe? - sinto meu rosto aquecer. Me recusando a devolver o olhar.

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora