• ONZE • ANDRÉ

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Eu esperava encontrar tudo ao sair de casa tarde da noite para dar uma volta com um Aquiles super agitado, menos encontrar Pedrinho na rua, cheirando a álcool e usando somente uma cueca boxer azul escura

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Eu esperava encontrar tudo ao sair de casa tarde da noite para dar uma volta com um Aquiles super agitado, menos encontrar Pedrinho na rua, cheirando a álcool e usando somente uma cueca boxer azul escura. A cor se destacando em sua pele pálida. Que parece ser muito bem cuidada e que eu poderia lambe - la...pisco algumas vezes com os latidos de Aquiles. Ele ainda está no colo de Pedrinho e parece estar muito a vontade ali. Enfio minhas mãos em meus bolsos sem nada para fazer com elas.

- Então? Qual a história por trás disso?

- Nós apostamos! - seu irmão surge de trás de uma árvore frondosa que parece ser antiga. Olho - o de cima a baixo. Bem, boa genética eles tem.

- O que?

- Não me lembro o que apostamos! - Pedrinho dá de ombros.

- Claro, você está bêbado! - Pedrinho soca o ombro de seu irmão que nem se move.

- Não estou bêbado! Que porra!

- Você está muito nervoso irmão! Precisa transar!

- Pelo amor de Deus Fe! - revira os olhos para em seguida olhar para mim. - Não liga para ele! - o irmão soltou uma risadinha parecendo muito contente com algo que nenhum de nós dois sabia.

- Bem, vejo que está bem acompanhado mano! Então eu vou indo!

- O que? Não, Felippe volta aqui! - Pedrinho grita, seu irmão o ignora prontamente.

Então como surgiu, ele desaparece. Me pergunto o que ele faria se encontrasse alguém pelo caminho. Na certa ele contaria uma piada e a pessoa em questão esqueceria que ele está semi nu em plena rua. Soltando o ar com força, ri baixinho. Aquiles ronrona em seus braços. - Você deve achar que sou louco não é?

- Todos nós temos um pouco de loucura então...

- Você está certo! - ele entrega Aquiles em meus braços. Meu cão resmunga como se estivesse chateado. - Bem, eu tenho que ir!

- Você parece muito a vontade andando pela cidade somente de cueca! - brinco suavemente. Ele ri tapando o rosto, seu pescoço esguio se tornando escarlate.

- Não estou! Pode acreditar, acho que o efeito da bebida está passando.

Um pouco do meu bom humor morre quando ele fala sobre a bebida. Não sou nada dele e nem posso mandar em seus hábitos, por isso apenas dou de ombros segurando minha língua para mais uma vez não agir como um babaca. O acompanho pelas ruas vazias da cidade. No caminho segurando um Aquiles louco para descer e farejar tudo o que pode, Pedrinho fala sobre o chá de bebê surpresa feito para Manuela e de seu trabalho como museólogo.

A cada palavra dita seus olhos brilham e ele realmente parece gostar do trabalho. Eu o entendo, pois nada é melhor do que trabalhar com aquilo que gostamos. Amo advogar, está em meu sangue. Mesmo sendo uma profissão diferente da que meu pai queria para mim, eu trabalhei pelo meu lugar ao sol. E cheguei ao ponto de usar somente o sobrenome de minha mãe para que todo o glamour do sobrenome do meu pai, não me ofuscasse minha caminhada em direção ao sucesso. Fazer um nome com meus próprios esforços era o meu desejo e no fim eu consegui.

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora