• DOZE • PEDRO

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Estaciono em frente ao Lar de Luz. A casa enorme e bem cuidada parece reluzir mediante o sol fraco do início da manhã. Manu olha para fora e tem um grande sorriso estampado em seu bonito rosto. Faz alguns dias que contei a ela sobre o trabalho voluntário que faço aqui e que queria muito que ela conhecesse. Até pensei que negaria não se interessando pelo assunto mas fui surpreendido pelo seu abraço de urso, seguido de vários "sim".

- Chegamos, está pronta?

- Mais do que pronta! - dá um soco fraco em meu ombro. Sua risada alta preenchendo o interior do carro.

Saio do carro, logo dando a volta para abrir sua porta. A ajudo a descer sem que faça um movimento muito brusco, pois meu carro além de grande é alto. Ainda de braços dados, caminhamos até a entrada onde Raquel que além de ser a diretora do lugar, também é minha amiga e assistente social. Ela primeiro captura Manu com um abraço de urso seguido de um beijo no rosto, ela acaricia o ventre muito grande de minha mais nova amiga, desejando toda a saúde do mundo para a pequena Antonella. Depois sou eu a ser esmagado por seus braços pequenos mas que contém tanto amor que é esmagador.

Raquel entrou em minha vida assim que conheci o abrigo Lar de Luz anos atrás. Eu era um jovem franzino de dezoito anos de idade mas que era cheio de um amor incondicional pelo próximo. Mesmo sendo mais velha que eu, Raquel e eu nos damos bem tão logo nos vimos. Mas foi somente dois anos atrás entrei com um pedido de adoção, contendo as características que queria encontrar em uma criança que seria minha para amar e cuidar com todo o prazer do mundo. Recebi a visita técnica na época e passei por uma entrevista. E no fim foi me dito que a vara de infância entraria em contato comigo tão logo a criança que desejo aparecesse no sistema.

- Pensei ter sido abandonada por você! - diz dramaticamente, um biquinho se forma em seus lábios.

- Não fala besteira Raquel! Nunca abandonaria vocês! Amo essas crianças de paixão!

- E eu? Fico como nessa história?

- Não surta Raquel! Também te amo!

- As crianças estão em polvorosa desde que disse que estaria vindo hoje! E acompanhado, você é a Manu estou certa?

- Sim! E acho muito bonito o trabalho que vocês fazem aqui! Essas crianças não estão totalmente desamparadas.

- Nunca! Aqui fazemos o possível para faze - los se sentirem amados até o momento que surgir um lar igualmente amoroso para acolhe - los.

Manu funga baixinho, as lágrimas descem sem controle por seu rosto. Envolvendo seus ombros magros trago - a para perto de mim, beijo seus cabelos quase loiros agora bem cuidados. Raquel a abraço do outro lado.

- É lindo tudo aqui. Você me fez chorar! - ela praticamente mia. Raquel e eu nos rendemos as gargalhadas altas. Manu nos lança um olhar atravessado que nos faz rir mais ainda.

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora