• TRINTA E OITO • PEDRO

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Sorrindo em contentamento, aprecio a decoração ao redor do pátio

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Sorrindo em contentamento, aprecio a decoração ao redor do pátio. Tudo é tão colorido assim como Dudu, que enche de cores a vida de qualquer um que se aproxime dele. O trabalho de decorar tudo vem acontecendo desde ontem, os homens da família, todos eles se dispuseram a ajudar e isso só confirma que meu filho é muito bem aceito por eles, mesmo não tendo o mesmo sangue. Há mesas quadradas espalhadas por todo o lugar, sobre cada uma, uma toalha de uma determinada cor serve de cobertura e enfeite.

Os funcionários contratados para servir e tomar conta dos brinquedos já estão a postos. Há piscina de bolinhas, escorrega, cama elástica, um mini touro mecânico, palhaços e até um tiro ao alvo com prêmio no final. Minha família assim como alguns amigos aguardam a chegada das crianças, que foram levadas para um passeio. Assim poderíamos terminar de organizar tudo.

Sinto seus braços ao meu redor, com isso meu coração cresce de tamanho se isso for possível. Sua respiração alcança meu pescoço, para logo em seguida deixar ali um beijo rápido mas poderoso capaz de me acender por completo mas me contenho. Me viro em seus braços, seguro seu rosto e o aproximo do meu. Os olhos estão tão claros como o dia de hoje. Sua atenção se desvia de mim para o lugar por míseros segundos, mas vejo a insegurança lá.

- Você parece nervoso. - com meu dedo traço o espaço entre duas sobrancelhas claras. A ruga que residia ali, se desfaz com o ato. Desço meu dedo pela linha do nariz e desenho o contorno de seus lábios.

- Posso estar um pouco.

- Se não for o terreno perigoso, posso saber o motivo?

- Eu nunca estive em uma festa infantil.

- Como assim nunca? - quase guincho mas me controlo.

- Nunca.

- Mas e quando era criança?

- Também não. - o tom casual que usa, faz parecer que não é nada mas acredito que seja. Que tipo de infância ele teve? Me lembro dele me contar um pouco mas não sabia que era tão solitária. - A questão é, não sei como agir no meio dessas crianças.

- Você brinca e imita a Dora aventureira para Ella. Você é ótimo com crianças.

- Sou ótimo com Ella. Serão muitas crianças em um espaço só. E se eu assusta - las?

- Não vai! Acredite em mim tudo bem?

- Acredito!

- Relaxa sobrinho postiço, vai dar tudo certo! - tia Lu bate em seu ombro deixando - o sem palavras.

- Filho, as crianças já estão chegando.

Aceno lentamente e me posiciono no centro do pátio com minha família. O cheiro de pipoca, algodão doce, molho de cachorro quente e batata frita permeiam no ar. Os funcionários contratados já começaram a trabalhar. Olho para Suzy que segura uma Ella agitada em seus braços, meu avô sussurra algo em seu ouvido na certa tentando acalma - la. O que não adianta, ela faz beicinho e chora baixinho. A passos largos vou até eles.

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora