Duas semanas haviam se passado desde a visita surpresa de Vinícius o novo delegado da cidade e tio de Ella. Todos os dias desde lá, eu acordo pensando que vou receber alguma carta do juiz me convocando a alguma audiência onde terei de brigar por minha bebê. Mas isso não aconteceu. Seguimos nossas vidas normalmente, meus pais estão ainda mais ligados a Ella e acho que eles sentem meu medo. André ficou alguns dias afastado pois tio Mika andou doente e na sexta passada tive um dia cheio de risadas e muito sorvete com Dudu. Raquel não comentou nada comigo sobre o namorado ou algum desejo dele em ver minha filha, quando nos vimos quando pegava Dudu para um passeio. Na verdade ela ficou bem distante e não entendo o motivo.
- Me leva para onde você foi amigo!
- Não fui a lugar nenhum Layla! - lhe jogo um lápis. Acerta a testa dela, que devolve me jogando uma caneta.
- Seu corpo pode estar aqui mas sua mente não.
- Só pensando! - dou de ombros.
- Enquanto falo dos atributos de ter um negão como o Gil na minha vida. Você está só pensando? Algo está muito errado!
- Não seja uma tarada. Não quero saber o tamanho do documento do Gil, trabalho com ele. Não preciso dessa imagem na minha mente.
- Não seja bobo Pedrinho! Gil não liga! - empurra seu ombro com o meu. - Mas me diga, o que tira sua paz?
- O tio de Ella apareceu na cidade.
- Mentira!?
- Verdade! - prendo meus cabelos novamente procurando algo para fazer com minhas mãos ansiosas. Seus olhos estão arregalados, a boca pintada com um batom roxo está aberta em espanto.
- E?
- Tenho medo dele querer me tirar ela.
- Isso é possível? A guarda foi passada para você pela mãe não é?
- Sim, mas ele é o tio e...
- Não tem nada de "e". - estala os lábios em frustração. - Você é o pai dessa princesa. Quem passa a noite com ela quando tem cólica ou por que a bichinha simplesmente quer brincar em plena madrugada. Lhe dá de mamar, brinca com ela e o mais essencial: lhe ama com todo o coração. Nem sangue pode contra isso.
- Eu sei mas só tenho medo. - seus braços se enrolam ao meu redor. Seus lábios se chocam contra meu rosto.
- Não tenha. Se precisar de testemunhas, você tem a mim e ao Gil.
- O que tem eu? - o homem chega enlaçando sua cintura. A diferença de suas cores é bonita de se ver, eles parecem se completar.
- Será testemunha junto comigo de Pedrinho.
- Por que?
- Há um corpo sob o museu. Pedrinho o matou anos atrás! - Layla diz seriamente. Gil engole em seco, quase gargalho de seu medo. O homem é tão alto quanto meu pai com quase dois metros de altura. Mas coloca uma barata perto dele para ver. O homem surta, gritando como uma menininha.
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RENDIDO A ELE - COMPLETO
RomancePrimeira capa by: Patrizia Evans Segunda capa by: Kathy A Spin - Off de Campos de Esperança Sinopse temporária André Lins, chega a Campos de Esperança para ocupar o lugar do tio doente. Para ele seria somente por um tempo. Não estava a procura de am...