• VINTE E QUATRO • PEDRO

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- Ela é linda!  - pronunciou de forma quase reverente

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- Ela é linda!  - pronunciou de forma quase reverente. Os olhos focados única e exclusivamente no rosto da pequena parecia se iluminar a cada momento mais que passava diante de seu berço.

Quando entrelacei meus dedos aos seus na sala de estar, levando - o para o quarto de Antonella. Eu pensava em apenas lhe apresentar tendo quase em agradecimento pelo presente simplório mas muito honrosa que deu. Não esperava pela cena vívida diante de mim. Não esperava por sua rendição mediante a pequena jóia adormecida. Não que ele tenha notado que foi fisgado por ela. Normalmente nós nem sempre notamos tal fato.

- E muito quieta. Quase não chora, só quando está com fome ou suja.

Com um aceno lento, se ergue de sua postura semi abaixada, dando uma olhada a mais e se virando exclusivamente para mim. Pigarreio gravemente e logo deixa o quarto, o sigo parando no meio da sala. Solto o ar com força e aponto para a cozinha.

- Quer algo para beber?

- Não, obrigado! Como está sendo tudo? A adaptação em si?

- Ah, no início foi muito difícil. - esfrego minhas mãos em meus jeans. Elas de repente se tornaram úmidas. Indico com o queixo o sofá, ele se senta e logo tomo o lugar ao seu lado. Seu perfume me envolvendo por inteiro. Tento me concentrar e volto na resposta que estava lhe dando. - Nossa primeira noite eu fiquei acordado enquanto ela dormia tranquilamente. Tinha medo que ela engasgasse ou que acordasse e eu não ouvisse. Foram três dias assim. Mesmo com minha mãe por perto. No quarto dia eu simplesmente entrei em coma, estava exausto. Acordei de madrugada com ambas, minha mãe e Antonella no sofá. E nossa, agradeço a Deus por ter a ajuda de minha família. Eles estão sendo minha base nesse momento.

- Tem sorte por ter a família que tem.

- Eu tenho. - toco seu ombro com meu. Um pequeno sorriso brincando em meus lábios. - E você tem muita sorte de ter tio Mika em sua vida.

- Eu tenho! - repete com um leve erguer de lábios. Com passos decididos se coloca diante de mim. Somos praticamente da mesma altura, mas seu porte e postura me fazem pensar que ele seja maior que eu. Vejo - o engolir em seco, os lábios finos e rosados são acariciados por sua língua. Sua cabeça se inclina para o lado. Dezenas de emoções passando por seus traços únicos e firmes. - É possível sentir falta de algo que ainda não teve?

- Não sei é? - meus dedos formigam tamanha a vontade que tenho que traçar cada linha de seu belo rosto.

- Acreditaria se dissesse que senti falta de seu corpo? - meu corpo se acendeu inteiro. Como fogo alimentado por gasolina.

- Sim! - digo sem um pouco de hesitação. Pois o mesmo acontece comigo. Senti falta dele por completo.

- Deve achar que sou louco!

- Todos nós somos! - dou um passo em sua direção. A quentura de seu corpo, consumindo o meu.

- Posso te pedir uma coisa?

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora