• TRINTA E UM • PEDRO

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A campainha toca pela décima vez no dia

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A campainha toca pela décima vez no dia. E isso não é ironia, as pessoas realmente estão chegando desde as dez. Como minha tia Lili ou vó Flores não se movem, decido ir atende  deixando entrar quem quer que esteja do outro lado. Seco minhas mãos no pano de prato e corro para a porta.

- O que está fazendo aqui?

- Também estou saudades mano! - passa por mim rapidamente.

- Vagner sabe que está aqui?

- Não te ouvi, o que foi que disse? - me lança um sorriso maroto. Suspiro fechando a porta e voltando para a cozinha. Onde estava lavando as louças enquanto a comida é feita. - Onde está minha sobrinha? Quero pega - la.

- Está na tenda com vó Geraldo.

- Eu vou lá! - anda charmosamente.

- Não está esquecendo de nada garoto? - ele murmura um "oh droga!". Seguro uma risadinha. Ele dá meia volta, coloca seu mais bonito sorriso no rosto. Aquele tão intenso que suas covinhas se mostram brilhantemente.

- Oi tia Lili! Vó Flores!

- Pelo menos educação sei que sua mãe te deu! Agora vai lá mimar aquela menina! Sei que quer isso! - ela enxota ela com humor vivo em sua voz.

- Não precisa mandar duas vezes! - corre porta a fora. - Ella, venha para seu tio lindo! - as risadas lá fora são altas.

- Esse menino! - balanço minha cabeça negativamente. Meu celular vibra tocando sobre a pequena mesa de centro. - Dessa vez demorou não acham? Geralmente ele liga antes que Tom chegue aqui!

Sem demora, estou com o aparelho em mãos. Respiro profundamente para conseguir lidar com Vagner Melo.

- Eu juro que seu irmão ainda vai me matar! - dispara assim que atendo. Bem chance tenho para dizer um "alô".

- Relaxa! Você é jovem para morrer!

- Seu irmão não pensa assim! - dispara de forma cansada do outro lado. De onde estou, posso ver Tom com um sorriso gigante no rosto, enquanto balbucia algo para Ella. A menina que está só de body azul mostrando os braços pálidos no ambiente fresco da tenda, sandálias minúsculas nos pés e uma tiara que é maior que sua cabeça somente se move de forma inquietante em seus braços.

- Pai dá um desconto! É domingo...

- Desconto? Ele fugiu de casa novamente. Eu disse que iríamos amanhã ver minha neta e a você! Ele me ouviu? Claro que não! Resolveu sumir enquanto a mãe e eu estávamos dormindo.

- Tia Suelen está preocupada? - agora ele ri amargamente.

- Nada abala aquela mulher! Muito menos seu filho fugindo para outra cidade!

- O menino precisa viver! Deixa ele se divertir Vagner, não me estressa homem! - escuto sua voz ao fundo.

- Você ouviu isso? Bem, logicamente estou em desvantagem aqui!

RENDIDO A ELE - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora