O Teste de Quadribol:

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Helena fechou os olhos por alguns míseros segundos antes de abrir novamente os olhos e ser observada por Filch com um sorriso vergonhoso no rosto enquanto a mesma acariciava a testa dolorida.

As aulas que propôs- no intuito de melhorar a vida de ambos-, bem, se declarou uma falta de tempo irrecuperável. Por Merlin, ele era um desastre ambulante! Era muito ruim e que Merlin a perdoasse, mas talvez ele não tivesse jeito para magia. Em 5 minutos, ele conseguiu ferí-la mais do que Voldemort em quase 1 hora!

- Isso não está funcionando. Eu sou ruim.- ele bufou e largou o livro. Helena havia ensinado tudo que pode da teoria. E pensou que a melhor magia era a mais pura, porque afinal conhecia as outras. Estava errada.

- Não, só estamos usando o sentimento errado.- murmurou. Pensou por uns instantes. Era importante pensar com cuidado e se preparar.- A raiva é um sentimento bem poderoso. É literalmente um combustível que faz você funcionar se preciso.- disse com calma. Filch assentiu.- Não tive uma experiência boa com a raiva nas férias, mas a raiva é a única coisa que vai fazer você levantar esse livro.

- Então ao invés de pensar em coisas boas, eu transformo meus pensamentos em maldade e ruindade?- perguntou curioso. Helena assentiu. Era domingo, e estavam livres pelo resto do dia. Foi isso que a fez concordar.

- Deite-se e feche os olhos.- pediu colocando uma almofada no chão. Filch obdeceu Helena. Ela notou que ele estava mais calmo, mais jovial enquanto estava com ela. Pessoas mudam pessoas, pensou sorrindo.- Tome.- colocou uma vela nas mãos de Filch.

- O que é?- perguntou sem abrir os olhos.

- Uma vela. Vamos começar a tentar a ascender o fogo. Me dou melhor com fogo do que levitação. E me dou bem melhor com a raiva do que com a felicidade.- ele apenas assentiu e Helena fungou.- A raiva é o melhor caminho para fazer esse tipo de magia funcionar. Então, ao mesmo tempo que você precisa imaginar essa vela se ascendendo e fazendo sua mão ficar quente, você precisa deixar a raiva ascender a vela.- quando terminou de falar, fez uma cara confusa, pensando em hã???, mas Filch entendeu.

Dois minutos depois, a vela se ascendeu e Helena sorriu. Sabia que ele conseguiria, uma hora ou outra tinha que conseguir né.

- Ótimo, agora vamos tentar levitar a vela acessa.- Helena mandou e Filch obdeceu. Ele se sentou e colocou a vela no chão.- Pense na vela como uma pena leve e que pode ser levada com o vento. Pense que não existe gravidade alguma ao redor da vela. E principalmente, deixe a raiva levitar sua vela.- Helena quase suspirou pensando em quão lesada ela está hoje.

Observou Filch em silêncio, deixando o mesmo se concentrar sozinho. Dá última vez que ficaram falando em sua cabeça, Helena trouxe um maluco a vida e quase matou seus amigos. Então, surpresa, levantou a cabeça e admirou a vela acessa levitar sobre a cabeça de Filch.

- Caramba!- murmurou impressionada. Filch sorriu. - Isso desencadeia todo o resto. Começaremos a treinar seu latim na próxima aula. Agora, apague a vela e a coloque no chão. Vamos de novo.

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- Então, você vai ensinar Filch a fazer magia?- Jorge perguntou a Helena, a olhando atentamente. Ela assentiu, preocupada em se manter firme sobre a vassoura. Estavam no campo de quadribol e pretendiam bater uma bolinha. Era hora do almoço, e havia poucas pessoas por perto.

- Vou.- concordou rapidamente, e olhou para o ruivo. Assentiu. Ele jogou a bola em sua direção e ela a catou com mestria. - Eu sou muito foda.- murmurou para si mesma, jogando a bola de volta a Jorge.

- Precisamos aprender a ir em alta velocidade.- ele disse sério e Helena assentiu. Os testes para entrar no time de quadribol começam quarta, em dois dias, e Helena quer estar preparada para entrar como artilheira no time da Corvinal.

Aꜱ Aᴠᴇɴᴛᴜʀᴀꜱ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʀᴜɪᴠᴀ ~~> 2° ͏t͏e͏m͏p͏o͏r͏a͏d͏aOnde histórias criam vida. Descubra agora