Azkaban

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Uma semana antes de seu "aniversário de 13 anos", Helena fugia de tudo e todos, deixando claro que não queria festa de aniversário nenhuma.

Supostamente, Helena deveria ter mais de 13 anos se não tivesse ficado em coma. Para ela, sempre foi mais fácil dizer que tinha um ano a menos, porquê era verdade. Ela não tinha cara nem tamanho de alguém de idade superior de 13 anos e pelo amor de Merlin, ela não queria comemorar seu aniversário esse ano.

Fazia 14 anos desde que Charlotte Potter e Voldemort se uniram para matar James e Lilian Potter. A mesma data que significava seu aniversário, era a data do aniversário de morte de seus pais e ela não tinha estruturas para comemorar.

Ano passado ela não sabia que era uma Potter, por isso comemorou. A data era só mais uma pessoa envelhecendo, mas esse ano para ela, a data significava uma terrível consequência de traição e Helena não iria comemorar a morte dos pais, não iria.

Encarou Hermione e escutou com tédio seu discurso de como era importante comemorar o aniversário.

- Significa mais um ano de vida. Mais um ano para que você realize seu sonho e se torne alguém que você queira. Mais um ano para acrescentar a você e mais um ano que você cresce, adquire mais experiências e adqui...

- Não está me convencendo, Hermione.- Helena disse encarando o prato. Tinha bife, arroz, feijão e salada nele, ainda intocados. Hermione suspirou.

- Porque não quer comemorar o seu aniversário, Helena?- perguntou encarando a irmã com seriedade.

- Porquê não, ué.- ela deu de ombros, bufando. Arrumou o sobretudo no corpo e cutucou a unha do dedão. Arrancou um pedaço encravado e se levantou.- Eu vou indo, preciso pegar as...as...ah, sei lá, só quero fugir de você mesmo.- e foi embora, arrastando sua mala transversal.

Não sabia para onde iria fugir, mas só queria um tempo. Colocou os fones no ouvido e aumentou no máximo a música que ouvia. A internet não funcionava no castelo, mas seu celular sim e só porque teve que pedir que um Homem fizesse um feitiço ano passado la no Beco.

Helena soltou um bocejo e se assustou quando sua visão sumiu de repente. Ela foi puxada violentamente para o lado e tentou gritar quando suas costas bateram com força no chão.

Tentava gritar, mas não conseguia. Tentava ver, mas não conseguia. Tentava ouvir, mas não conseguia. Alguém tinha a silenciado, a deixado cega e surda. E tudo porque queriam bater nela.

A chutaram com força nas costelas e uma vez no rosto. Sem dó, sem piedade. Helena queria chorar. Se lembrava tanto de quando ela foi torturada com tipos de feitiços diferentes que machucavam e a faziam querer morrer.

Espancar não era tão diferente do que usar Feitiços, mas tinha muito mais força e muito ódio envolvido. E no momento, quem estivesse chutando Helena, tem um ódio profundo por ela.

No terceiro chute no rosto, Helena desmaiou. E eles continuaram a chutar até cansarem e a largarem ali no chão, inconsciente e sozinha.

Era um armário de vassoura do primeiro andar e não iria demorar para a acharem.

Filch assobiava tranquilamente no corredor, balançando o molho de chave em mãos. Ele teria que limpar a sala de poções já que fizeram a maior lambança lá.

Suspirando, abriu a porta do armário e entrou. Ele estacou quando viu o corpo e o cabelo ruivo. Arregalou os olhos.

- Alguém chame a Madame Pomfrey, AGORA!- ele berrou no corredor e alguns alunos assustados foram, outros se aproximaram para ver.

Filch se aproximou e se agachou ao lado de Helena, checando seus batimentos. Estava viva, mas inconsciente. Sentiu raiva dos roxos em seu rosto e rosnou de ódio.

Aꜱ Aᴠᴇɴᴛᴜʀᴀꜱ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʀᴜɪᴠᴀ ~~> 2° ͏t͏e͏m͏p͏o͏r͏a͏d͏aOnde histórias criam vida. Descubra agora