Helena mudou. Para pior. No enterro, ninguém entendeu quando ela apareceu neutra e parecendo bem controlada. Ela não chorou mais nenhuma vez depois de desligar. Era preocupante, ainda mais para Hermione e Sirius que a viram desde o começo dessa situação dramática.
A ruiva olhou friamente para os caixotes que desciam lentamente e depois ouviu em silêncio o discurso do padre sobre o quanto seus pais eram bons, o quanto amavam as filhas que tinham e o quanto fizeram bem a todos que conheciam.
- Se vocês acham.- ela sussurrou e os vampiros a olharam. Hermione a olhou confusa.- Que foi?- ela disse baixinho, a olhando com interesse. Hermione franziu a testa e balançou a cabeça.
- Achei que tinha dito algo.- Ela sussurrou e Helena assentiu. Fez uma cara de deboche e a desfez rapidamente. Hermione fungou e agarrou a mão de Helena. A ruiva quase fez careta. Não gostou da proximidade. Nem do contato. Hermione a puxou para mais perto do caixão e agarrou um punhado de terra e a jogou sobre cada caixão.- Faça também.- Hermione pediu e Helena o fez, embora não tenha gostado de acatar a ordem de Mione. Geralmente, não gostava de acatar ordem de ninguém, e agora Hermione estava em sua Lista negra de pessoas que odiava obedecer.
Soltou sua mão e se agachou para agarrar o montinho de terra aos seus pés. Friamente, observou a terra cair sobre os caixões e quase suspirou de tédio. Olhou o relógio em seu pulso. Ainda tinha muito que aturar. Definitivamente, iria para Hogwarts.
- Hermione.- a chamou baixinho, apertando suas mãos juntas novamente. A irmã a olhou enquanto assoava o nariz.- Quero ir para Hogwarts.- forçou uma voz de choro.- Não quero lidar com toda essa gente.- murmurou, fingindo uma falsa dor. Uma dor que não sentia, mas Hermione sim, e isso a faria ceder. Derramou umas lágrimas para fazer charme e a irmã concordou com a cabeça.
- Claro, eu peço para Sirius te levar.- a menina sussurrou e abraçou a irmã.- Iremos ficar bem, eu prometo.- a castanha acariciou suas costas e Helena lutou para não revirar os olhos. Já estava bem, ela pensou e se afastou da irmã com uma careta enquanto limpava as lágrimas de crocodilo.
O caminho até a casa dos Black foi silencioso e triste. Helena teve que conter todas bufadas e comentários irônicos que queriam sair de sua boca, não queria que os outros bruxos soubessem o que ela fez. Não por vergonha ou medo, mas realmente não estava com vontade de escutar lorota e encheção de saco.
Desceu do carro e foi para dentro da casa a passadas rápidas.
- Helena!- gritou Harry descendo do carro. Helena se apressou e meteu a mão dentro do saco de pó de flú. Entrou na lareira no mesmo instante que a casa toda entrou na sala.
- HOGWARTS!- berrou sem hesitar e sorriu quando foi engolida pelas chamas verdes. Surgiu na sala de Dumbledore. O mesmo estava acompanhado, mas a ruiva apenas o ignorou e deixou a lareiram
- Srta Granger?- perguntou o Ministro chocado, se levantando da cadeira que estava sentado até agora.
- Meu nome.- ela suspirou parando no lugar e se virando para olha-lo.
- Achei que estaria no enterro.- ele disse branco. Helena revirou os olhos.
- Muita encheção de linguiça.- ela comentou despreocupada. As pessoas presentes arregalaram os olhos.
- Você está bem?- perguntou uma das funcionárias do Ministério cautelosamente, como se pisasse em ovos e tivesse medo de quebra-los.
- Hâ, sim.- disse tranquila. Elevou as sobrancelhas.-Hâ, se não se importam, tenho mais o que fazer...então, vou indo.- ela caminhou até a porta.
- Granger, fique sabendo que vou fazer o que estiver ao meu alcance para descobrir quem fez isso.- Helena se virou sorrindo friamente.
- Você já sabe quem foi, Fudge, ou não estaria branco como papel. Sabe quem foi, ou não estaria aqui. Finalmente acredita, né? Poderia ter impedido isso antes se tivesse engolido seu ego. Agora, isso foi sua culpa. E espero que tenha o mesmo destino que meus pais.- a ruiva deu as costas e deixou a sala sem se abalar.
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Aꜱ Aᴠᴇɴᴛᴜʀᴀꜱ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʀᴜɪᴠᴀ ~~> 2° ͏t͏e͏m͏p͏o͏r͏a͏d͏a
Phiêu lưuL| 𝑨𝑺 𝑨𝑽𝑬𝑵𝑻𝑼𝑹𝑨𝑺 𝑫𝑬 𝑼𝑴𝑨 𝑹𝑼𝑰𝑽𝑨 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟎𝟐| ❝ - Você matou tantas pessoas, destruiu tantas famílias, e seus irmãos e filha não estão atrás. Não fale de mim com propriedade, Klaus, minhas mãos estão tão sujas de sangue quant...